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VIDA URBANA

João Pessoa realiza em média 137 eutanásias em animais por mês

Procedimento é necessário para amenizar sofrimento dos bichinhos com doenças transmissíveis ao homem, a exemplo do calazar.

Publicado em 28/08/2015 às 9:06

As doenças zoonóticas em animais domésticos, como cães e gatos, transmissíveis ao homem, a exemplo do calazar (leishmaniose visceral canina), não têm cura e por isso para amenizar o sofrimento dos pets a indicação médica é a eutanásia. Somente de janeiro a julho deste ano, 963 animais foram eutanasiados no Centro de Vigilância Ambiental e Zoonoses da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de João Pessoa. Isso significa uma média de 137,5 eutanásias realizadas mensalmente. Em todo o ano passado foram 2.201 procedimentos desse tipo.

Segundo a veterinária do Zoonoses da capital, Suely Rute, a eutanásia é feita em animais com doenças que não têm cura, tanto naqueles que estão no setor aguardando adoção como nos que já possuem lares. “Todos os animais que chegam aqui em fase terminal são eutanasiados, mas somente após a confirmação da doença, feita por meio de teste no Lacen (Laboratório Central de Saúde Pública) estadual. O procedimento tem o objetivo de amenizar o sofrimento dos animais e evitar a transmissão da doença para a população”, explicou.

Suely Rute frisou que a maioria das eutanásias realizadas no Zoonoses foi necessária por conta da leishmaniose, que só afeta cães. “Das 963 eutanásias feitas neste ano, 338 foram em cães, machos e fêmeas, porque foram diagnosticados com leishmaniose. No ano passado, dos 2.201 procedimentos, 716 foram pelo mesmo motivo”, elencou.

Além das doenças zoonóticas, a veterinária disse que o Centro de Zooneses recebe muitos animais com cinomose, que é uma virose canina que pode ser evitada com aplicação de vacina, mas que muitas vezes as pessoas não fazem o tratamento por falta de conhecimento ou porque não querem gastar. “Com isso a doença se agrava, os animais acabam perdendo as chances de cura e por vezes também precisam ser eutanasiados”, observou a veterinária. Suely Rute informou que vacinas desse tipo só são fornecidas pelo sistema privado. No Zoonoses a única imunização disponível gratuitamente é contra a raiva animal.

De acordo com a especialista, não há um prazo estabelecido para que o animal seja levado ao veterinário, a fim de evitar a ocorrência de possíveis doenças, mas Suely Rute indicou que sempre que notar algum comportamento diferente do normal, como vômitos ou diarreia, o médico deverá ser procurado para a realização de exames, aplicação de vermífugo e vacinas. “Já em relação à raiva animal, pode ser evitada com a aplicação da vacina, que é oferecida na sede do Zoonoses de segunda-feira a sexta-feira ou durante as campanhas realizadas anualmente, em vários polos distribuídos na cidade”, afirmou.

Saiba mais

Além da vacina antirrábica, o Centro de Zoonoses oferece teste rápido de calazar (leishmaniose visceral canina), que por meio da coleta de sangue se obtém o resultado em apenas 20 minutos, caso seja positivo, a sorologia é encaminhada para o Lacen e, se confirmada a doença, o animal passa pelo processo de eutanásia. O setor ainda disponibiliza animais para adoção e oferece o serviço de castração para cães e gatos, machos e fêmeas, basta a realização de um cadastro no local.

A voluntária Alick Farias, da Organização Não Governamental (ONG) Adota João Pessoa, lembrou que a eutanásia de animais só deve ser feita se realmente for constatado que não há chances de cura. Contudo, no caso do calazar e da cinomose, há resoluções que autorizam o tratamento, caso o dono do animal possa arcar com os custos, mediante algumas restrições que não arrisquem a saúde pública e o contágio com outros bichos.

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Jornal da Paraíba

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