VIDA URBANA
João Pessoa tem índice extremo de radiação solar
Radiação solar em João Pessoa atingiu nível 13, em uma escala que vai de 1 a 16. O resultado preocupa especialistas.
Publicado em 17/01/2012 às 7:30
A radiação ultravioleta, responsável pelo aparecimento de câncer de pele, está atingindo níveis preocupantes em João Pessoa. Em uma escala que mede a intensidade dos raios solares, com numeração que vai de zero a 16, a capital paraibana alcançou ontem o índice 13, considerado pelo Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC) como “extremo”, já que fica distante apenas três números do valor máximo da escala.
Especialistas alertam que a intensidade da radiação registrada em João Pessoa é nociva à saúde e que, além de tumores, pode causar envelhecimento precoce e catarata. Eles recomendam que a população redobre os cuidados para se proteger dos raios solares neste mês de janeiro.
Segundo o supervisor do Laboratório de Ozônio do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), Francisco Raimundo da Silva, os pessoenses precisam evitar a exposição solar principalmente às 11h30, já que esse é o horário que a radiação ultravioleta atinge o limite máximo.
Ele explica que, no Nordeste, o sol nasce quase 48 minutos mais cedo do que no resto do país. “Por isso, o nosso meio-dia não é às 12h, mas às 11h20. Quem sair às ruas nesse horário precisa usar bloqueador solar, chapéu, óculos escuro e não deve utilizar roupa de tecido sintético, já que esse material absorve o calor e a radiação”, detalhou.
BENEFÍCIOS
Apesar dos alertas, o estudioso destacou, no entanto, que a exposição solar gera benefícios à saúde, mas apenas nas situações em que ela é feita de forma correta.
“O sol é vida e todo mundo precisa se expor a ele durante 15 minutos diários, mas isso não pode ocorrer ao meio-dia. Uma pessoa de pele clara só precisa de cinco minutos para se bronzear de forma saudável”, afirmou.
A falta de cuidados pode causar sérios danos à saúde das pessoas, já que a radiação se acumula no organismo e, a longo prazo, causa câncer e envelhecimento precoce.
“Os efeitos dos raios ultravioletas só aparecem com o tempo. Até mesmo na sombra, as pessoas podem ser atingidas, porque esses raios batem na areia e refletem nas pessoas”, adverte Francisco Raimundo.
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