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VIDA URBANA

João Pessoa tem maior índice de obesidade entre capitais do NE

Obesidade é fator de risco para doenças cardiovasculares.

Publicado em 26/06/2017 às 9:00

A população de João Pessoa apresenta o maior índice de excesso de peso e de sedentarismo, que é a falta de atividades físicas, entre as capitais do Nordeste. Os médicos alertam que esses números apresentados pelo Ministério da Saúde representam um risco para a população, que pode desenvolver doenças cardiovasculares.

A pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico referentes ao ano de 2016 mostra que 56,5% da população pessoense apresenta excesso de peso e que 21,7% podem ser considerados obesos. O mesmo levantamento mostra que 48,5% da população de João Pessoa tem uma prática insuficiente de atividade física.

Médico cardiologista e membro da Sociedade Brasileira de Cardiologia, Celso Amodeo alerta que a obesidade é um dos principais fatores para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares e que a prática de exercício físico é necessária para evitar tais doenças. "O exercício tem impacto na redução do colesterol, controle do diabetes e da hipertensão e faz o indivíduo perder peso. Portanto, tudo isso em conjunto ajuda a prevenir as doenças cardiovasculares, pois controlamos melhor os principais fatores de risco cardiovascular", afirma.

Ainda de acordo com o médico, as doenças mais comuns decorrentes do excesso de peso e da obesidade são o aumento da pressão arterial (hipertensão), diabetes, doenças do coração, colesterol elevado, câncer de endométrio e hipertrofia ventricular. "Além disso, a obesidade predispõe ao aparecimento das doenças osteoarticulares, que implicam em tomada de medicamentos que podem interferir com a pressão arterial e aumentar o risco cardiovascular', afirma.

As doenças cardiovasculares apresentam números preocupantes na Capital. De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde de João Pessoa (SMS), em 2016 ocorreram 1.453 mortes causadas por doenças cardiovasculares na cidade. Os números apontam ainda que as maiores vítimas são os homens, que representam 51% dos casos. Entre as principais causas das mortes relacionadas às doenças cardiovasculares estão o acidente vascular cerebral (AVC), com 28% dos casos; infarto agudo, com 26,6% dos casos; e miocardiopatias, com 10,25% dos casos em 2016.

Para o Ministério da Saúde, a prática insuficiente de atividades físicas ocorre quando o indivíduo não gasta pelo menos 150 minutos semanais com atividades de intensidade moderada ou pelo menos 75 minutos semanais com atividades de intensidade vigorosa. E para evitar tais problemas, o especialista na área Alberto Zanchetti diz que é preciso tomar algumas medidas simples. “Esses problemas da vida moderna são combatidos com medidas básicas, acessíveis a todas as pessoas, porém muitas vezes não levadas a sério - como alimentação saudável, práticas esportivas e controle do peso”, explica.

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Jornal da Paraíba

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