VIDA URBANA
JPB 2ª Edição é o telejornal mais assistido pelos paraibanos
Para se ter ideia, de cada 100 domicílios no Estado com o aparelho ligado no horário do programa, 62 estão sintonizados no noticiário.
Publicado em 05/07/2015 às 6:00 | Atualizado em 07/02/2024 às 13:24
Todas as noites, de segunda-feira a sábado, a maior parte dos telespectadores paraibanos liga o televisor e sintoniza na programação das TVs Cabo Branco e Paraíba, a fim de conferir muita informação no JPB 2ª Edição. Para se ter ideia, de cada 100 domicílios no Estado com o aparelho ligado no horário do programa, 62 estão sintonizados no noticiário. O número foi constatado na mais recente pesquisa de audiência realizada pelo Ibope, no último mês de abril.
Na TV Paraíba, apresentado por Carlos Siqueira, o jornal atinge 47,41 pontos, destacando-se como a atração mais vista na grade da afiliada Rede Globo campinense. Na telinha da TV Cabo Branco, a apresentadora Edilane Araújo também reina absoluta no comando do telejornal, que registra 38,35 pontos de audiência, enquanto as quatro emissoras concorrentes somam juntas, no horário, menos de 20 pontos.
O sucesso do JPB 2ª Edição não é novidade. Trata-se de um dos noticiários mais tradicionais da televisão paraibana. Há 26 anos na bancada do jornal na TV Cabo Branco, Edilane Araújo sabe bem disso. Durante esse tempo, ela acompanhou de perto várias mudanças, desde as de ordem técnica até as de comportamento. “Vi a evolução do U-matic, que eram aquelas fitas grandes, para o formato digital. Antes, a apresentação era mais sentada. Hoje, é mais em pé. E, assim, vou me deixando levar ao sabor da linguagem, que vai mudando”, contou.
Já Carlos Siqueira assumiu a bancada do programa, na TV Paraíba, em 2006, quando também se tornou chefe de redação da afiliada. De lá para cá, a audiência só registrou crescimento. “Particularmente, um fato que me marcou na pesquisa foi o de sermos mais vistos no Estado do que o Jornal Nacional, que é uma referência. Isso, para mim, é um marco. Recebemos os números com muita alegria, mas com muita humildade e gratidão ao público”, disse.
Para Edilane, a empatia dos telespectadores é justificada, em boa parte, pelo formato do JPB 2ª Edição. “Ele não floreia muito, é compacto, tudo é dito de forma bem objetiva. As pessoas sabem que, naquele breve momento, vão ter uma radiografia do que foi o dia, sem muitos rodeios”, explicou. A base de tudo, ainda segundo ela, é a credibilidade construída ao longo dos anos. “Muita gente até costuma dizer que espera a informação sair no programa para certificar que aconteceu mesmo. Sinto bastante orgulho dessa fidelidade do telespectador”, falou.
Apesar de tanto tempo na apresentação, Siqueira diz que, a cada edição do telejornal, a emoção é diferente. “Na hora do jornal, tenho sensação de que preciso cada vez mais informar melhor. Tem a experiência que nos torna mais calejados, mas a ansiedade vai se renovando”, comentou. O público, por sua vez, responde a todo o esforço do jornalista e de sua equipe. “Todos os sábados eu faço questão de ir às ruas centrais de Campina Grande, conversar com as pessoas, ouvir sugestões, críticas, e sempre sou recebido com muito carinho por telespectadores de todas as faixas etárias”.
DESAFIOS
Preparar um telejornal diário é uma maratona que depende de muita gente. A correria tem início ainda no dia anterior, quando as pautas começam a ser pensadas. E não basta apenas planejá-las e executá-las. Segundo Eisenhower Almeida, editor-chefe do programa na TV Cabo Branco desde 2004, o maior desafio a ser vencido é bastante conhecido: o tempo.
O noticiário tem duração variável, de 15 a 20 minutos. Em outras palavras: é pouco tempo para muita coisa. “Temos que dar as principais informações do dia e fazer anúncio do que vai ser importante na vida das pessoas naquela noite como também no dia seguinte”, explicou. Filtrar o que será apresentado ao telespectador se torna um trabalho bastante criterioso.
Por essa condição, o jornal tem uma proposta bem específica, que o difere do perfil dos demais telejornais das afiliadas paraibanas da Rede Globo. “O JPB 2ª Edição não se aprofunda nos assuntos, pois queremos dar o maior volume de informações possível”, contou. As exceções só ocorrem quando a relevância do fato exige uma cobertura mais detalhada, além das reportagens de séries especiais.
Apesar de estar há mais de uma década como editor-chefe, Eisenhower Almeida revelou que ainda sente um frio na barriga devido à responsabilidade de colocar o telejornal no ar. “Não quero perder nunca isso. Inclusive, não penso no número de telespectadores. Nossa equipe se esforça para sempre fazer o melhor para o público”, concluiu.
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