VIDA URBANA
Júri condena acusado de crime
Júri popular, durou cerca de sete horas e condenou Júlio César Xavier do Nascimento pelo assassinato do modelo Dalmi Barbosa.
Publicado em 14/02/2014 às 6:00 | Atualizado em 23/06/2023 às 12:24
Júlio César Xavier do Nascimento, 21 anos, foi condenado ontem a 17 anos de prisão em regime fechado, acusado de ter executado os disparos de arma de fogo que mataram o modelo Dalmi Barbosa. A sentença foi proferida pela titular da 1ª Vara de Execução Penal da Comarca de Santa Rita, juiza Lilian Cananéa.
O julgamento, perante júri popular, durou cerca de sete horas. A defesa informou que vai entrar com apelação para anular o resultado. O crime aconteceu em 2 de dezembro de 2012, em Santa Rita, na Região Metropolitana de João Pessoa.
Após a sentença, o irmão do jovem assassinado, Daniel Evangelista, comentou o resultado do julgamento. “A família comemorou, porque mais uma vez a Justiça foi feita com a condenação de Júlio César. A nossa expectativa agora é para o terceiro julgamento, que é o de Ana Paula, comprovadamente mandante do crime, como consta no processo. Nós esperamos que ela pegue mais de 25 anos de prisão porque foi a mandante”, desabafou.
O júri foi composto por cinco homens e duas mulheres. Depois do julgamento, por telefone, o promotor de Justiça Onéssimo Cézar explicou que não foi oficializada apelação ainda pela defesa, que tem um prazo de até cinco dias para dar entrada no procedimento. Segundo ele, Júlio César foi condenado a 17 anos, mas depois do cumprimento de um terço da pena ele poderá ficar em regime semiaberto.
Ao ser questionado sobre a possibilidade de recurso, o advogado do réu, Ricardo Oliveira, informou que vai recorrer da decisão. “Eu já apelei em plenário, alegando falta de provas no processo. A apelação é para que o processo seja encaminhado ao Tribunal (de Justiça), verificando a possibilidade de termos um novo julgamento mais justo e anular este”, disse.
A outra ré, Ana Paula Teodósio de Carvalho, é acusada de ser a mentora intelectual do homicídio e também seria julgada ontem, mas o júri popular foi adiado para o dia 20 de março. A decisão foi tomada porque o advogado de defesa da ré não compareceu ao Tribunal, justificando ter sido submetido a um procedimento cirúrgico, comprovado por atestado médico. Com o adiamento, a Ana Paula saiu algemada do Tribunal e retornou para a Penitenciária Feminina Júlia Maranhão, onde cumpre a prisão preventiva.
Além de Júlio César e Ana Paula, também foi acusado de participar do crime Mateus Alves da Silva, já condenado há 17 anos de reclusão, em novembro do ano passado. Ele conduzia o veículo que teria sido usado para praticar o assassinato.
RÉU NEGA CRIME
Uma das testemunhas de acusação no julgamento foi Aila Tácia Santos, companheira de Mateus Alves, já condenado no ano passado. Durante suas declarações, Aila disse que Mateus é usuário de drogas e tinha uma dívida com Júlio César. Mateus teria aceitado "dar uma surra" em Dalmi para ter o perdão da dívida. Em depoimento, Júlio César negou todas as acusações. (Colaborou Cecília Noronha)
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