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VIDA URBANA

Júri condena Eduardo Paredes

Após mais de nove horas de julgamento, o réu recebeu sentença de condenação a 13 anos prisão dos quais deverá cumprir 12 anos. 

Publicado em 27/03/2013 às 6:00


Cabeça baixa e sem expressões corporais que demonstrassem qualquer inquietação. Assim permaneceu, durante maior parte do tempo, o psicólogo Eduardo Henriques Paredes do Amaral, julgado ontem, no 2º Tribunal do Júri, em João Pessoa, pelo homicídio doloso da então defensora pública geral da Paraíba, Fátima Lopes, morta em janeiro de 2010. Após mais de nove horas de julgamento, o réu recebeu sentença de condenação a 13 anos prisão, dos quais deverá cumprir 12 anos de reclusão, já que está preso desde janeiro de 2012, quando teve a prisão preventiva decretada.

Ao anunciar a pena, o juiz Marcial Henriques Ferraz da Cruz, afirmou que o acusado “matou a vítima, assumiu o risco do acidente e não deve ser absolvido”. Além disto, o magistrado destacou ainda que Eduardo Paredes “demonstrou total descaso, transformando seu veículo em uma verdadeira arma letal, conduzindo-o desrespeitosamente, ultrapassando o semáforo”.

Os familiares da defensora pública acompanharam emocionados a sentença, e o semblante demonstrava alívio com a decisão. “A dor da saudade, esta nunca passa. O que a gente queria era que a justiça fosse feita e isso aconteceu. Parece que tiramos um fardo das costas”, declarou Carol Lopes, filha de Fátima Lopes.

Eduardo Paredes ouviu a sentença de cabeça baixa e sem demonstrar emoção aparente, como permaneceu durante o julgamento. Além dos 12 anos de condenação pela morte de Fátima Lopes, o acusado poderá ainda responder pelo crime de trânsito por conta das lesões corporais causadas ao marido da defensora, Carlos Martinho de Vasconcelos. De acordo com o juiz Marcial Henriques, o réu não deu início à execução do crime, sendo assim, foi retirado o dolo e o caso foi classificado como crime de trânsito, podendo o acusado ainda ser julgado e ter a pena acrescida em mais dois anos.

No início do julgamento, o advogado particular constituído por Eduardo Paredes não compareceu e não justificou a ausência, o que levou o magistrado a nomear o defensor público Argemiro Queiroz de Figueiredo para conduzir a defesa.

O marido de Fátima Lopes, Carlos Martinho de Vasconcelos, foi a primeira testemunha a ser ouvida, por volta das 10h30. Ele relatou de que forma o acidente aconteceu e revelou que ainda é traumatizante comentar o assunto. “Três anos, dois meses e dois dias, mas parece que foi ontem. Estamos tentando levar a vida da melhor forma possível mas ainda é traumatizante”, afirmou Carlos Martinho.

O segundo a depor foi o policial militar Emmanuel dos Santos, que atendeu a ocorrência do acidente. O policial revelou que o réu exalava um forte odor de álcool e se recusou a realizar um teste para detectar a presença de álcool no sangue, quando já havia sido socorrido para o Hospital de Emergência e Trauma de João Pessoa.

Em seguida, foi tomado o depoimento de Felipe Augusto de Barbosa Silveira, que estava no veículo de Eduardo Paredes no momento do acidente. “Quando chegou o cruzamento da Epitácio Pessoa com a Prefeito José Leite, o sinal estava vermelho. Eu gritei para ele parar porque percebi que um carro se aproximava. Eram dois carros, um na frente, e o outro em que estava a vítima”, contou Felipe Augusto.

Ao prestar depoimento, Eduardo Paredes negou que houvesse ingerido bebida alcoólica no dia em que ocorreu o acidente, assegurou que não deu carona a qualquer pessoa e que estava sozinho na hora do fato. Ele ainda afirmou que se negou a fazer o teste do bafômetro porque já havia sido submetido a um exame clínico no Hospital de Trauma.

O acusado confessou ainda que trafegava a 80 km/h, já que seu carro apresentava problemas na bomba injetora e disse ainda que o semáforo estava intermitente, por isso não reduziu a velocidade. “Não vi carro nenhum, então não reduzi. Não tive a intenção de provocar isso. Foi um acidente”, disse o réu, afirmando que possui grau de parentesco com Fátima Lopes.

Após o julgamento, o acusado retornou para o 5º Batalhão da Polícia Militar, onde deverá aguardar a transferência para um dos presídios da capital. Paredes deverá ser julgado ainda por um outro acidente de trânsito, ocorrido em julho de 2010, quando morreu Maria José dos Santos, 56 anos, no bairro nde Mangabeira, na capital. (Colaborou Katiana Ramos)

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Jornal da Paraíba

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