VIDA URBANA
Juros dos cartões de crédito mudam a partir desta sexta; confira como fica
Clientes inadimplentes no rotativo do cartão de crédito passam a pagar taxa de juros dos consumidores regulares.
Publicado em 01/06/2018 às 9:00 | Atualizado em 10/03/2023 às 14:10
A partir desta sexta-feira (1º) entra em vigor as novas regras sobre a taxa de juros dos cartões de crédito. Com as mudanças feitas através de uma resolução do Conselho Monetário Nacional (CMN), em abril, os clientes inadimplentes no rotativo do cartão de crédito passam a pagar a mesma taxa de juros dos consumidores regulares.
O rotativo é o crédito tomado pelo consumidor quando paga menos que o valor integral da fatura do cartão. O crédito rotativo dura 30 dias. Após esse prazo, as instituições financeiras transferem a dívida para o crédito parcelado.
Antes dessas novas regras, o consumidor poderia pagar o mínimo equivalente a 15% do valor da fatura para não ser considerado inadimplente, entrando no crédito rotativo, que normalmente tem taxas de juros altíssimas. Com as novas regras o percentual de pagamento mínimo da fatura deixa de ser determinado em norma e poderá ser estabelecido por cada instituição em função de sua política de crédito e do perfil de seus clientes.
Pelas novas regras, a alteração de limites de crédito e do percentual de pagamento mínimo da fatura deve ser comunicada ao cliente, com, no mínimo, 30 dias de antecedência.
Segundo o Banco Central, o objetivo da medida é alinhar as regras dos cartões às normas das demais operações de crédito, que preveem a manutenção da taxa contratual original em situação de atraso no pagamento.
Em nota, a Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs) disse que a medida do CMN “é positiva para o consumidor, pois permitirá uma redução ainda maior dos juros do cartão de crédito”.
“A medida tende a aumentar a competitividade no setor e possibilita maior eficiência na gestão de risco e concessão de crédito por parte dos emissores de cartão, que passarão a ter maior controle na definição do percentual de pagamento mínimo da fatura”, acrescenta a nota.
Segundo a Abecs, o Banco Central e a associação têm realizado “inúmeras conversas para um melhor entendimento das particularidades desse mercado”. Segundo a associação, essas reuniões permitem ao órgão regulador “implantar medidas que ampliem a eficiência do setor e reduzam o custo de crédito ao consumo, porém com o cuidado de não afetar o equilíbrio do sistema”.
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