VIDA URBANA
Justiça decreta prisão preventiva de psicólogo suspeito de falsificação
Também foram determinadas buscas e apreensões.
Publicado em 18/04/2018 às 18:46 | Atualizado em 19/04/2018 às 8:38
O juiz Antonio Eugênio Leite, da 2ª Vara Mista da Comarca de Conceição, decretou a prisão preventiva, nesta quarta-feira (18), do psicólogo Deilton Aires Batista de 37 anos, suspeito de falsificar atestados médicos e apresentá-lo à Prefeitura de São José de Caiana, no Sertão da Paraíba. O magistrado explicou que a preventiva foi solicitada pelo Ministério Público, a partir das investigações do delegado Gleiberson Fernandes, da 17ª Delegacia Seccional de Polícia Civil, sediada na cidade de Itaporanga.
“Na decisão, também determinei buscas e apreensões nos endereços do psicólogo, onde foram apreendidos carimbos, papéis, atestados e outros objetos. Como o cidadão tem diploma de curso superior, determinei que foi recolhido ao Batalhão Polícia Militar, em Patos. A ordem já foi cumprida”, explicou o juiz Antonio Eugênio.
Segundo o delegado Gleiberson Fernandes, o psicólogo Deilton Aires informou em depoimento à Polícia Civil possuir certificados de Mestrado e especializações falsas os quais vão ser ainda periciados. Além disso, serão ouvidos os supostos órgãos expedidores dos documentos.
Denúncia da prefeitura
Deilton Aires passou em primeiro lugar no Processo Seletivo do Município de São José de Caiana para o preenchimento da vaga de psicólogo cujo resultado foi divulgado em março deste ano. Na prova de títulos, apresentou certificado de conclusão de mestrado e especializações que podem ser falsos.
Após a nomeação, ele teria apresentado dois atestados médicos no intuito de não comparecer ao trabalho. A Secretaria de Saúde informou ao prefeito São José de Caiana (PB), José Leite Sobrinho, sobre as ausências do psicólogo. Ao analisar as assinaturas dos atestados, com o nome do médico José Afonso Gayoso Filho, o prefeito desconfiou da veracidade dos documentos. De imediato, ligou para o médico. Este revelou a José Leite não teria fornecido esses atestados.
Outro lado
Diante disto, o prefeito prestou queixa à Polícia Civil, que iniciou as investigações, culminando com a prisão de Deilton Aires. A reportagem tentou falar com psicólogo no 3º Batalhão da PM, em Patos, mas não foi permitido. A defesa dele não foi encontrada.
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