VIDA URBANA
Justiça determina que IPC remova corpo de homem que foi enterrado no lugar de outro
Homens morreram por causa da Covid-19, mas corpos foram trocados no Serviço de Verificação de Óbito.
Publicado em 18/06/2020 às 11:13 | Atualizado em 18/06/2020 às 14:38
O juiz Josivaldo Félix de Oliveira, da 3ª Vara da Fazenda Pública da Capital, determinou que o Instituto de Polícia Científica (IPC) remova e faça uma nova perícia no cadáver de um homem que foi enterrado por engano no Cemitério do Cristo, em João Pessoa. A Justiça constatou que dois corpos foram trocados e, além do novo sepultamento, a decisão foi para que novas certidões de óbito também sejam emitidas.
O prazo para cumprimento é de até 72h, levando em consideração a data da decisão, que foi a última terça-feira (16). Ao G1 Paraíba, o diretor do IPC, Marcelo Burity afirmou que mesmo sem o órgão ter sido notificado, o procedimento seria realizado às 9h desta quinta-feira (18).
De acordo com o processo, a direção do Hospital Prontovida (antigo HTOP) encaminhou um ofício, informando que recebeu dois pacientes no dia 25 de maio, ambos com diagnóstico de Covid-19. O encaminhamento dos homens, segundo a direção, foi feita pela Central Estadual de Regulação. Manoel Bastos dos Santos estava na UPA Oceania e Antônio Luiz Ferreira da Silva, no Hospital Edson Ramalho.
A morte de Manoel ocorreu ainda no dia 25 de maio, mas por outro lado, Antônio Luiz ainda passou por uma nova transferência, desta vez para o Hospital Santa Isabel, no dia 13 de junho, que foi o local onde morreu.
A troca dos corpos ficou constatada quando a família de Antônio percebeu que o cadáver não era o dele. Após este fato, a direção do Hospital Prontovida registrou um boletim de ocorrência junto à Polícia Civil, para que o caso fosse investigado. No dia 15 de junho, de acordo com o texto da decisão judicial, o IPC verificou que o corpo de Manoel estava no Serviço de Verificação de Óbito e não no Cemitério do Cristo.
Por causa dessa troca, o juiz da 3ª Vara da Fazenda Pública da Capital entendeu que o corpo precisaria ser removido da sepultura, para que possa ser liberado para a família realizar o enterro do corpo correto.
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