Laudos do IPC auxiliam investigação de comissão

Os laudos do Instituto de Polícia Científica (IPC) relacionados à última rebelião ocorrida no presídio PB1 no mês de maio e a descoberta de um túnel na unidade penal, deverão ser acrescentados ao relatório elaborado pela Comissão Intersetorial que apura a prisão de seis conselheiros do Conselho Estadual de Direitos Humanos (CEDH) no presídio de João Pessoa.

Conforme o presidente da comissão e promotor de Justiça, Bertrand Asfora, os laudos auxiliam a comissão para elaborar um relatório amplo sobre o ocorrido. “É importante para a comissão saber em que contexto aconteceu, qual a ambiência e qual a razão dos presos estarem amontoados naquele espaço e não nas celas. A comissão precisa provar e estar verificando tudo isso para emitir uma amostragem completa”, explicou Bertrand Asfora.

Na próxima quarta-feira serão interrogados o promotor Marinho Mendes e representante da Ordem dos Advogados do Brasil seccional Paraíba (OAB-PB), Laura Berquó, que intermediaram a libertação dos seis conselheiros. “Nós já ouvimos quase todos os depoimentos importantes. Tudo foi fotografado e gravado em áudio e vídeo. Esperamos concluir o mais rápido possível”, disse Bertrand Asfora, estimando que o relatório deve ser emitido no prazo máximo de 30 dias.

O resultando da sindicância será entregue ao governador do Estado, Ricardo Coutinho, ao procurador-geral de Justiça, Oswaldo Trigueiro e ainda à OAB. A delegação composta por seis membros do CEDH-PB foi detida no dia 28 de agosto durante uma inspeção para apurar torturas no presídio. A direção do presídio argumentou que uma câmera fotográfica havia sido entregue a um apenado, comprometendo a segurança.