VIDA URBANA
Leão Simba, vítima do tráfico de animais, é o novo morador da Bica
Segundo a direção do parque, ele já está ambientado ao local e à presença e Leona, sua companheira de recinto.
Publicado em 12/01/2021 às 16:16 | Atualizado em 13/01/2021 às 8:27
O Parque Zoobotânico Arruda Câmara, a Bica, em João Pessoa, recebeu um novo felino, o leão Simba. O animal foi vítima de tráfico e vivia no zoológico de Ribeirão Preto, em São Paulo. Simba agora faz companhia à leoa Leona, moradora do parque, que estava sozinha desde a morte dos pais.
Durante 15 dias, o leão passou por um período de adaptação ao local e à presença da leoa, visto que sempre viveu apenas na companhia do irmão, falecido há mais de um ano. Simba foi bem recebido por Leona, e os dois já interagem bem.
“Aqui temos uma leoa que também vive sozinha, então, em parceria com o zoológico e a Prefeitura Municipal de Ribeirão Preto, entendemos, em comum acordo, que esses animais mereciam companhia, daí, ou a nossa leoa iria para lá ou ele viria para a Paraíba. Como agora temos um dos recintos mais modernos do Brasil, do ponto de vista de qualidade de vida para o animal, de enriquecimento ambiental, de estrutura física, inclusive com vidros à prova de ruído, e, como o recinto de Ribeirão Preto era mais antigo do que o nosso, percebemos que o ideal seria o leão vir para cá”, explicou Thiago Nery, médico veterinário do Parque.
O novo leão da Bica foi apreendido no Rio Grande do Norte há 11 anos, depois encaminhado ao zoológico de Ribeirão Preto e, por ser um animal idoso, faz uso diário de medicação para melhorar as articulações. “Nós temos ciência de que ele é idoso, mas, ao mesmo tempo entendemos que a função do zoológico é dar qualidade de vida ao animal até seus últimos dias. Quem visitar a Bica vai poder admirar um belo animal, que tem problema nas articulações, mas que já está sendo tratado pela equipe veterinária do Parque”, explica Thiago Nery.
Além do acompanhamento pela equipe de médico veterinário, bióloga e tratadores, Simba está se exercitando no terreno acidentado do recinto, com leve inclinação e os movimentos servirão como uma fisioterapia para o animal.
Os animais que estão abrigados na Bica são aqueles que não têm condições de retornar ao habitat natural – muitos nasceram e viveram em cativeiro e vão precisar ser alimentados e tratados durante toda a vida.
O secretário de Meio Ambiente, Welison Araújo Silveira, destacou que hoje a principal preocupação dos profissionais da Semam e da Bica é garantir o máximo de qualidade de vida e tratamento adequado para todos os animais do Parque, “para que tenham o máximo de longevidade possível, com o máximo de qualidade de vida, considerando que estamos lidando com animais que estão em cativeiro”, afirmou.
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