VIDA URBANA
Lendas urbanas se atualizam e sobrevivem ao tempo
Publicado em 23/10/2011 às 8:00
As lendas urbanas são passadas de geração em geração com as devidas atualizações de seu tempo. É o que diz o professor Oswaldo Trigueiro. A lenda da temida mulher de branco, por exemplo, percorre todo o mundo e os mais variados locais: teatros, museus, cemitérios, etc. “É um processo da dinâmica da cultura profissional oral. O homem sempre inventou histórias”, explica.
De acordo com o professor, as mesmas lendas contadas no passado são contadas atualmente, o que mostra sua força e sobrevivência à mudança dos tempos e dos costumes.
“Elas podem partir de um fato verdadeiro ou não, e começam a circular na sociedade de repente. É a atualização da história a partir de um sentimento popular”, afirma o professor Trigueiro.
“Entre as lendas universais estão a da mulher de branco, a loira do banheiro e a mulher que pegou carona com um caminhoneiro”, exemplifica.
Conforme Trigueiro, as lendas podem ter o sentido de divertir ou assustar, sempre baseada na oralidade.
O professor lembra que é comum o surgimento de lendas em prédios históricos, como nos exemplos da Fortaleza de Santa Catarina e do Teatro Santa Roza.
“A própria arquitetura é um ambiente propício para isso, pois por lá passaram várias gerações”, comenta.
A explicação mais comum das lendas para os fantasmas que assombram prédios públicos é de que os mortos se apegaram aos locais de trabalho, lazer, etc.
Os relatos são esses. Acreditar ou não, é uma decisão que cabe a cada um.
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