VIDA URBANA
Lista de espera para tratar o câncer
Com apenas um aparelho linear, usado no tratamento do câncer, Hospital da FAP tem lista de espera de pelo menos 120 pacientes.
Publicado em 18/07/2012 às 6:00
O Hospital da Fundação Assistencial da Paraíba (FAP) em Campina Grande tem lista de espera para o tratamento do câncer. Atualmente cerca de 1.500 pacientes são atendidos por mês no hospital com apenas um aparelho linear, o que produz um grupo de pacientes na espera por atendimento que já soma 120 pessoas. O cenário só não é pior devido aos 80 pacientes com câncer que realizam tratamento de quimioterapia no Hospital Universitário Alcides Carneiro (HUAC), em Campina Grande, além de mais 150 que são submetidos a hormonioterapia no mesmo local.
De acordo com o diretor do setor de Radioterapia da FAP, Rogério de Assis, a unidade tem feito o que pode para atender toda à demanda. Segundo ele, existem 75 pacientes que estão em tratamento em pelo menos uma vez por semana, entre as 6h30 e as 20h30, o que em muitos casos provoca uma superutilização do acelerador linear.
“Se tivéssemos mais um acelerador linear, essa lista de espera seria encerrada. Teríamos condições de atender muito mais pessoas, já que nessa lista de espera hoje temos 120 pacientes que estão deixando de ser tratados. Além dos serviços de radioterapia e quimioterapia, também são feitas cirurgias oncológicas e outros tipos de tratamento de vários tipos de câncer”, disse o médico.
Segundo levantamento feito pela Secretaria de Saúde de Campina Grande, a média dos recursos pagos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) é de R$ 600 mil por mês, já que nos primeiros cinco meses desse ano foram pagos um pouco mais de R$ 3 milhões.
Quem passou a conviver com o dia a dia do tratamento de quimioterapia na FAP foi Jacinta Maria dos Santos, 52 anos, moradora da cidade de Esperança, no Brejo, que desde 2009 luta contra um câncer no intestino. A paciente está em sua 18ª seção de tratamento e, depois de superar as dificuldades do início, esbanja confiança em sua recuperação. “No início eu me sentia enjoada, vomitava, mas agora estou habituada ao tratamento.
Estou esperançosa, a família tem me dado muito apoio e a força de vontade de me recuperar é muito grande”, afirmou. (Colaborou João Paulo Medeiros)
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