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VIDA URBANA

Litoral e Sertão são áreas de risco para contrair calazar na Paraíba

Foram 17 casos somente este ano. Secretaria de Saúde alerta que nestas regiões há maior concentração de mosquitos transmissores e de animais hospedeiros.

Publicado em 10/08/2010 às 9:29

Natália Xavier
Do Jornal da Paraíba

No último domingo, a Secretaria de Saúde do Estado registrou a terceira morte por calazar neste ano, na Paraíba. Emylli Vitória Monteiro Dantas, de oito meses, morava em João Pessoa, e morreu durante a madrugada na Assistência Medica Infantil da Paraiba (Amip), por causa de complicações da doença, também conhecida como leishmaniose visceral.

Com 17 casos registrados somente neste ano, a Secretaria de Saúde do Estado (SES) alerta que as regiões de maior risco de contaminação são o Litoral e o Sertão do Estado, por causa da concentração de mosquitos transmissores e de animais hospedeiros.

Segundo a chefe do Núcleo de Doenças Transmissíveis por Vetores da Secretaria Estadual de Saúde, Gisele Aversaria, a leishmaniose anteriormente era uma doença mais concentrada nas áreas rurais, mas tem se observado também o crescimento do número de casos na zona urbana. “É uma doença que vem crescendo bastante no meio urbano, não só na Paraíba, mas em outros Estados do país. Antes o calazar era encontrado simplesmente na área rural”, frisou.

O calazar é transmitido para os seres humanos por insetos conhecidos como mosquitos-palha após picar animais hospedeiros, como cães e gatos, contaminados. O mosquito se desenvolve principalmente em áreas com muita vegetação e isso, aliado à quantidade de cães com a doença, tem contribuído para a transmissão para o homem.

Segundo Gisele Aversaria, apesar de nos seres humanos a doença ser curável, não existe tratamento para os animais infectados e a única forma de combate ao crescimento desenfreado da quantidade de casos é a atenção à saúde dos hospedeiros. Quanto mais cães contaminados existirem na área urbana, maior a probabilidade de contaminação aos humanos.

“As medidas de prevenção estão ligadas ao controle da doença no cão. É preciso acompanhar os animais e fazer a sorologia para saber se ele está com a doença, se ele estiver, a única saída é o sacrifício, porque não há como curar nem previnir a doença no animal”, destacou.

Das três mortes registradas em todo o Estado neste ano, duas foram de pessoas que moravam na capital, inclusive Emylli. A assessoria de imprensa da Secretaria de Saúde do Município (SMS) informou que já existe uma ação permanente, sobretudo nos bairros em que existe o maior índice de infestação: Cidade Verde e Engenho Velho.

No combate à doença, Agentes de Saúde Ambiental coletam amostras de sangue dos animais para realizar os exames que indicam a existência da doença. No caso do resultado ser positivo, o animal é recolhido e sacrificado.

Conforme a assessoria de imprensa da SMS, o sacrifício não causa dor nem sofrimento ao animal, porque ele morre depois da ingestão de um remédio. A maior dificuldade encontrada pelas equipes que atuam no combate à transmissão da leishmaniose é que algumas vezes os cães doentes pertencem a pessoas que não querem entregá-lo para o sacrifício, colocando em risco não só a saúde da família, mas de toda a vizinhança.

Os animais com calazar apresentam sinais como emagrecimento, perda de pelos, lesões na pele e, na fase final da doença, crescimento desordenado das unhas. Já no ser humano, os principais sintomas da doença são manchas no corpo, febre, anemia, palidez acentuada e inchaço abdominal. O tratamento é de 20 dias de medicamentos e vacinas. Geralmente, pacientes são liberados, passam 30 dias em repouso em casa e depois retornam para fazer um novo exame para saber se a doença já foi curada.

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Jornal da Paraíba

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