VIDA URBANA
Lixeiras estão escassas em João Pessoa
Moradores reclamam do baixo número de papeleiras nas ruas da capital. Emlur diz que quantidade é suficiente para a demanda.
Publicado em 22/04/2014 às 8:00 | Atualizado em 23/01/2024 às 11:56
Moradores de João Pessoa reclamam do número de papeleiras e da falta dos equipamentos nas ruas do Centro da cidade e em vários bairros da capital. Para eles, o lixo muitas vezes acumulado pelas ruas é devido à ausência do equipamento e também de conscientização por parte dos próprios moradores. A Autarquia Especial Municipal de Limpeza Urbana (Emlur) informou que existem, atualmente, 1.025 lixeiras instaladas na capital, principalmente no Parque Solon de Lucena e na orla, bem como em ruas movimentadas.
A promotora de vendas Leide de França não é adepta de jogar o lixo em qualquer local e, por isso, percebe a ausência dos lixeiros em algumas ruas do Centro. “Eu não gosto de jogar lixo no chão, então muitas vezes procuro um lixeiro e não acho. João Pessoa em diversas localidades é uma cidade suja, porque as pessoas às vezes não veem onde colocar o lixo. Eu mesma carrego o lixo na bolsa porque não gosto de jogar no chão”, disse.
Diferentemente da promotora de vendas, o comerciante Edinaldo dos Santos acredita que o maior problema é a falta de conscientização da própria população. “Eu acho que falta educação do povo. Esse é o principal problema de João Pessoa às vezes ser uma cidade suja. Eu acho que deveriam ser implantados mais lixeiros e com propagandas de conscientização nos pontos de ônibus e em mais ruas pela cidade, para alertar a população”, opinou.
A também comerciante Alexandra Freire concorda com a opinião de Edinaldo. Ela trabalha no Centro da capital há cerca de oito anos e afirma que, apesar de aquela ser uma localidade com grande quantidade de lixeiros, a população não se preocupa em manter a cidade limpa. “Tem várias localidades aqui no Centro que são sujas e eu vejo que a culpa é do povo, que joga o lixo no chão”, declarou.
Diferentemente do que relata a população, a Emlur afirma que a quantidade de papeleiras existente em João Pessoa é suficiente para dar conta da demanda de toda a capital. De todas as papeleiras existentes, ele informou que a maioria está concentrada nas regiões do Centro, da orla e em vias de maior fluxo de pessoas na cidade. “A gente só aumenta essa quantidade se houver a inauguração de novas praças ou novas ruas. Caso contrário, as que temos hoje são suficientes”, assegurou.
Segundo o monitor das papeleiras da Emlur, Ranulso Borba, diariamente são realizadas fiscalizações para manter as papeleiras vazias e em boas condições. O monitor afirmou que o maior problema enfrentado pelo órgão é com relação ao número de papeleiras danificadas. “A gente encontra entre dez e 15 papeleiras quebradas por mês e o conserto de cada uma pode custar até cerca de R$ 30. Já aquelas que não têm mais jeito e têm que ser substituídas podem custar entre R$ 120 e R$ 130 cada. Um gasto alto e que é a própria população que paga”, afirmou.
Para o monitor, é preciso que haja uma conscientização não somente com relação a colocar o lixo dentro das papeleiras, mas também com a manutenção delas. “A gente às vezes vê uma área em que grupos de vândalos chegam a quebrar até dez papeleiras seguidas. Tudo é prejuízo para o patrimônio público, que é da população e que eles mesmos pagarão para consertar”, concluiu o monitor.
O conserto das papeleiras chega a custar cerca de R$ 450 por mês à prefeitura da capital. Já aquelas que não têm conserto e têm que ser substituídas somam cerca de R$ 600 em gastos mensalmente.
A população também pode fiscalizar a ausência de serviços de limpeza pela cidade ou a necessidade de manutenção das papeleiras através de um Serviço de Atendimento ao Cidadão, o 'Alô Limpinho'. O serviço teve início em 2013 e até o dia 20 de março deste ano já foram totalizadas 29.298 denúncias.
De acordo com a assessoria de imprensa da Emlur, somente este ano já foram realizadas 3.959 demandas. A maior parte delas é oriunda dos bairros de Mangabeira e Valentina e o tipo de solicitação mais atendida é para poda de árvores bem como recolhimento de lixo em algumas localidades, entre outros.
Para realizar denúncias, reclamação, pedidos de retirada de lixo ou limpeza de ruas e terrenos a população pode entrar em contato com o serviço através do telefone 0800-083 2425. O serviço funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h.
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