VIDA URBANA
Longa espera na unidade de Patos
No Sertão do Estado o Numol de Patos, único da região, atende ao maior número de municípios.
Publicado em 26/01/2014 às 8:00 | Atualizado em 10/01/2024 às 16:12
No Sertão do Estado o Numol de Patos, único da região, atende ao maior número de municípios (84) entre as quatro unidades de medicina legal do estado. As grandes distâncias aumentam o tempo de demora no atendimento, com corpos esperando por até mais de três horas a chegada do rabecão, veículo responsável pela retirada dos cadáveres.
Em Cajazeiras foram registrados casos de cadáveres expostos em via pública por mais seis horas, devido à demora da chegada da perícia que vinha de Patos. Esse foi o tempo em que o corpo do empresário Francisco Augusto de Oliveira, de 55 anos, demorou para ser recolhido no posto de combustíveis onde a vítima foi morta a tiros durante um assalto em outubro do ano passado.
Na época, um dos peritos de peritos de Patos justificou a demora alegando problemas na viatura e falta de profissionais. “É muito difícil, pois, somos apenas uma equipe com auxiliar técnico e perito para dar conta de todas as ocorrências. Temos uma única viatura que este mês estava danificada”, relatou o perito Tony Fabiano.
Mas segundo o diretor-geral do IPC, a espera não ultrapassa a período de três horas. “Não houve espera de seis horas. O que há que é o tempo de deslocamento da equipe. Temos rabecão em Cajazeiras, mas como os peritos vem de Patos o cadáver só poderia ser removido após a perícia criminal, por se tratar de uma morte violenta” explicou Humberto Pontes.
Para desafogar o Numol de Patos, o Instituto de Polícia Científica (IPC) vai instalar uma equipe de perícia em Cajazeiras a partir de fevereiro, com um perito criminal, um técnico em perícia e um rabecão. Eles vão atender ocorrências em 14 cidades da região, fazendo a perícia nos locais de crime e efetuando o recolhimento e transporte de cadáveres para o Numol de Patos. “É uma medida que reduz o tempo de espera do corpo exposto, que hoje é de até três horas”, afirma Humberto Pontes, diretor-geral do IPC.
Para atender a demanda de todo o estado, o IPC dispõe atualmente de 13 rabecões, como são popularmente chamados os carros que fazem o transporte de cadáveres. São quatro no Gemol de João Pessoa e dois no Numol de Campina Grande, enquanto os núcleos de Patos e Guarabira dispõem de apenas um carro cada. Os demais veículos ficam nas delegacias regionais das cidades de Itaporanga, Catolé do Rocha, Monteiro e Picuí. O governo realizou no final do ano passado uma licitação para comprar mais cinco rabecões.
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