VIDA URBANA
Lotação é consequência
Para presidente da Fundac, falta preparo dos municípios para lidar com o aumento da criminalidade entre adolescentes.
Publicado em 10/01/2013 às 6:00
A presidente da Fundação de Desenvolvimento da Criança e do Adolescente (Fundac), Cassandra Figueiredo, afirmou que a superlotação das unidades de internação paraibanas é consequência do aumento da criminalidade em contraposição à falta de preparo dos municípios do Estado. “A superlotação é no país inteiro. Além do crescente número de jovens em conflito com a lei, há também o despreparo dos municípios”.
De acordo com Cassandra Figueiredo, o ECA diz que a internação é a última medida que deve ser adotada, salvo os casos graves.
Antes disso, os municípios devem investir na liberdade assistida, que não vem sendo realizada. “Percebendo que esse processo não acontece nos municípios, o Judiciário encaminha os jovens para as unidades. Ou seja, a medida vem sendo a primeira atitude, quando deveria ser a última”, ressaltou.
Para desafogar o sistema de internação da Paraíba, a Fundac planeja a reestruturação e construção de novas unidades. Na cidade de João Pessoa, por exemplo, já está em construção uma nova casa no bairro de Mangabeira, com previsão de entrega para junho deste ano. O novo centro irá diminuir o volume de internações na antiga unidade (no mesmo bairro), que passará por reformas.
Na capital também será construída a nova unidade de internação feminina, na avenida João Machado. “A unidade atual é muito pequena, não comporta o quantitativo de adolescentes que temos hoje. A unidade já está em fase de licitação”, revelou Cassandra Figueiredo.
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