VIDA URBANA
Lutador é condenado a 17 anos
Acusado de matar a esposa e forjar cena de suicídio, Tiago Pereira Fernandes foi condenado a 17 anos de prisão em regime fechado.
Publicado em 02/11/2013 às 6:00 | Atualizado em 18/04/2023 às 17:37
O lutador de artes marciais Tiago Pereira Fernandes, de 25 anos, foi condenado a 17 anos de prisão em regime fechado pelo crime de homicídio qualificado. O júri entendeu que ele provocou a morte da esposa, a jovem Gabryelle Farias Alves, de 21 anos, em janeiro do ano passado. O julgamento do lutador durou dois dias e foram ouvidas 14 testemunhas para se chegar à sentença.
Tiago, que desde o mês de julho respondia ao processo em liberdade, em virtude do excesso de prazo de sua prisão, negou que tenha assassinado Gabryelle e defendeu a tese de que a esposa cometeu suicídio. Ela foi encontrada morta com uma corda enrolada no pescoço dentro da casa onde os dois moravam com um filho - hoje com 3 anos, no bairro das Malvinas.
A defesa de Tiago já recorreu da sentença e enquanto o recurso não for analisado pelo Tribunal de Justiça da Paraíba (TJPB), o lutador irá continuar em liberdade. O advogado Félix Araújo Filho disse que no processo não há nenhuma prova concreta contra o lutador. O advogado criticou o processo de apuração da morte de Gabryelle e acrescentou que o exame de DNA atestou que no interior das unhas da vítima foram encontrados vestígios de material genético de uma pessoa do sexo feminino, o que reforçaria a tese de que ela cometeu suicídio.
Para o promotor Osvaldo Lopes, foi feita justiça e o resultado do julgamento representa a vitória da sociedade. “Havia vários indícios da ação dele, resultando na morte de Gabryelle. Além da frieza dele, do relato de familiares e vizinhos sobre as constantes brigas do casal, o nó da corda encontrado no pescoço da vítima só tem condições de ser feito por quem tem habilidade para isso, o que não era o caso dela”, explicou.
Mesmo com o recurso solicitado pela defesa do acusado, o promotor acredita na manutenção da sentença.
RELEMBRE O CASO
Gabryelle foi encontrada morta no dia 11 de janeiro de 2012. O corpo dela estava dentro do banheiro de sua casa, no bairro das Malvinas. Conforme as investigações, após uma discussão o acusado teria asfixiado a estudante, com quem era casado há 4 anos, e depois simulou o suicídio da vítima. Após praticar o delito, Thiago teria levado Gabryelle até o banheiro de sua residência, amarrado uma corda no teto e pendurado a vítima para simular o suicídio. Em seguida, ele chamou o pai da vítima para procurá-la, alegando que ela estava desaparecida.
As evidências levaram a polícia a pedir a prisão preventiva de Tiago, que foi preso em flagrante durante o velório da vítima.
Pela demora para o julgamento do caso, ele foi colocado em liberdade no dia 9 de junho deste ano. A liberdade provisória foi determinada pelo juiz Alberto Quaresma, do 2º Tribunal do Júri da Comarca de Campina Grande. Caso o TJPB mantenha a sentença, Tiago cumprirá sua pena no Presídio do Serrotão.
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