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VIDA URBANA

Machismo provoca violência

De acordo com a ONG Cunhã Coletivo Feminista, o machismo coloca João Pessoa na quarta posição do país em violência contra a mulher.

Publicado em 04/12/2012 às 6:00


“O machismo começa com pequenas atitudes e proibições que evoluem para agressões físicas até chegar ao assassinato da mulher. É preciso que as pessoas entendam que o machismo é um dos principais fatores que colabora para que a violência contra a mulher aconteça”. A declaração da coordenadora da Organização Não Governamental (ONG) Cunhã Coletivo Feminista, Maria Lúcia de Oliveira, demonstra a forte relação entre a violência contra mulher e o machismo.

De acordo com Maria Lúcia, João Pessoa é a quarta cidade do país em violência contra a mulher. Só neste ano, 122 mulheres foram assassinadas na Paraíba, segundo dados da Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social do Estado, além de 91 tentativas de homicídios, 98 estupros e 62 tentativas de estupro, segundo dados da ONG Centro da Mulher 8 de março. Para Maria Lúcia, grande parte desses crimes são motivados pelo machismo.

“Vivemos em uma sociedade machista, que defende o poder dos homens sobre as mulheres através de violência psicológica, física e patrimonial, onde se cria um ciclo vicioso, desde pequenas proibições de ir a determinados lugares até relacionadas ao tipo de roupa usado pela mulher. Então, é preciso trabalhar e enfrentar a dimensão social e cultural de poder e gênero para contribuir com a diminuição de casos”, afirmou.

Segundo a coordenadora, o machismo e a violência têm crescido assustadoramente e o fator principal é a impunidade dos agressores. “Se os agressores continuam sem ser punidos, acaba colaborando cada vez mais para que a violência contra mulher seja considerada algo natural. Então, é preciso pensar em políticas públicas que visem coibir esse ato, de modo que Estado e Justiça caminhem juntos para alcançar um resultado positivo”, avaliou.

Ainda de acordo com Maria Lúcia, as agressões se agravam ao ponto de atingir os filhos do casal. É no lar onde as crianças visualizam as atitudes do pai e futuramente tendem a reproduzi-las. “Esse é outro ponto que precisa ser trabalhado através da educação e orientação nas escolas, sociedade e mídias”, ponderou.

Conforme o psicólogo Luís Amaral, os pais devem educar os filhos mostrando bons exemplos dentro de casa, onde a mãe deve exigir dos filhos o respeito e a dignidade. “Mas para isso ela deve ter esses dois fatores sobre si mesma e mostrar que por ser mulher a pessoa não deve ser tratada com hostilidade, bem como destacar o avanço da consciência de igualdade e participação feminina na sociedade, bem como na condição da natureza econômica. Só assim será possível educar desde pequenos os futuros homens, desmistificando o poder do macho”, disse.

Luís Amaral ressaltou que a educação é importante para esclarecer a unicidade do ser humano e da consciência do respeito que deve ter para com ele. “Essa educação não deve partir apenas de casa, mas ser investida nas escolas e demais ambientes da sociedade. A conclusão da convivência civilizada deve ser fundamentada no respeito próprio e para com o próximo”, frisou.

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Jornal da Paraíba

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