VIDA URBANA
Mãe bombeira: orgulho dos filhos
Além da profissão arriscada, a soldado Daniele Araújo tem dois filhos pequenos e é graduanda de Fisioterapia na UEPB.
Publicado em 12/05/2013 às 11:00 | Atualizado em 13/04/2023 às 15:51
Ser bombeiro é trabalhar em uma profissão arriscada, onde o profissional dedica a vida para salvar outras pessoas, seja combatendo incêndios, socorrendo vítimas ou trabalhando na prevenção de acidentes. Sair de casa sem saber se vai voltar é algo que estes profissionais precisam lidar diariamente e a situação fica mais delicada quando se é mãe. A soldado Daniele Araújo, 32 anos, é bombeira e mãe de dois filhos: Camila, de 6 anos e Caio, de 7 anos. Além de bombeira, a mãe estuda e é casada com um Policial Militar
Quando Daniele entrou para o 2° Batalhão de Bombeiros Militar (2° BBM), ela já era mãe de Caio e Camila. Ser Bombeira era um sonho antigo que foi concretizado por ela há quatro anos. A mamãe bombeira enfrenta uma rotina pesada para dar conta de todas as responsabilidades em Campina Grande. Além de bombeiro e mãe, ela é graduanda do curso de Fisioterapia na Universidade Estadual da Paraíba (UEPB).
Para cumpirr as tarefas diárias, ela conta com o apoio da mãe e do marido. “Meu marido trabalha em regime de expediente e eu trabalho na escala de 24h. Sempre vamos conciliando as coisas para que um dos dois estejam em casa. Mas quando a situação complica, minha mãe entra em cena para nos salvar”, disse a bombeira.
Para os filhos Caio e Camila, ter uma mãe bombeira e um pai policial é motivo de orgulho. Segundo Daniele, eles sempre comentam com os colegas a profissão da mãe e adoram ir visitá-la no trabalho. “Eles chegam da escola e falam que contaram aos amigos que tem uma mãe bombeira. Quando eles vão no quartel, sempre parece ser a primeira vez. Eles tiram fotos e observam tudo atentamente”, contou a mãe bombeira.
Apesar de todas as responsabilidade, Daniele sempre tem cuidado para dedicar um tempo exclusivo aos filhos. “Como sou estudante, o batalhão permite que eu troque de plantão com os colegas em escala de permuta. Nos finais de semana, eu e meu marido sempre conciliamos um dia para sairmos com as crianças para passear e visitar familiares”, disse ela. (Especial para o JP)
Mãe a distância
Toda mãe sempre quer ter os filhos por perto, mas chega uma hora que eles crescem e tomam seus rumos. Há 10 anos a Psicóloga campinense Lenilda Moraes, 58 anos, tem se adaptado em ser mãe a 'distância'. Uma de suas filhas mora em João Pessoa e outra mora na Alemanha. Para amenizar a saudade, ela mantém contato com as filhas diariamente, através do telefone e da internet.
De acordo com Lenilda, sua filha, a Engenheira Cíntia Moraes, de 33 anos, se formou e no ano de 2003 e foi fazer mestrado em Florianópolis-SC. Depois do mestrado a engenheira começou o doutorado e inciou um projeto de pesquisa em Berlim, na Alemanha, onde mora há quase seis anos. Lenilda ainda é mãe da jornalista Cibele Moraes, 30 anos, que mora em João Pessoa. Como a distância entre as duas cidades – Campina e João Pessoa – é menor, elas se veem com mais frequência.
Já no caso da filha que mora na Alemanha, a mãe mantém contato pela internet através do Skype. “Não temos uma hora certa para conversar. Às vezes a Cíntia me liga e me pede para entrar na internet, que é uma ferramenta muito boa e permite que eu converse e veja minha filha”, disse a mãe.
Apesar da saudade e a distância, Lenilda sente orgulho dos destinos que as filhas tomaram. “Sempre queremos ter os filhos debaixo de nossa asa. Mas chega uma hora que é preciso cortar o cordão umbilical. Até mesmo pelo fato de que um dia uma de nós iremos partir. A saudade é grande, mas tenho orgulho em ver que criei minhas filhas e hoje elas sabem andar com suas próprias pernas. Agora estou esperando ansiosamente a hora de ser avó”, afirmou a psicóloga.
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