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VIDA URBANA

Mãe de menina que morreu em hospital vai entrar na Justiça

Luciana Viegas não concorda com CRM, que descartou erro como causa da morte de Gabriela.

Publicado em 17/07/2014 às 17:54

A mãe da menina Gabriela Viegas, de 11 anos, que morreu no Hospital do Valentina Figueiredo, em junho, disse nesta quinta-feira (17) que concorda com o resultado da sindicância do Conselho Regional de Medicina da Paraíba (CRM-PB), que descartou a hipótese de erro médico. Luciana Gonzaga Viegas disse que pretende entrar na Justiça.

Luciana afirmou que a família nunca soube que a menina tivesse algum tipo de problema no coração. O CRM apontou que Gabriela era portadora de miocardiopatia hipertrófica. A mulher contou ainda que soube hoje do resultado da sindicância.

“Minha filha morreu e se ela morreu foi por culpa de alguém. Eu nunca soube que ela tinha problemas no coração. Não vamos desistir. Iremos entrar na justiça. Ainda não temos advogado, mas iremos buscar a justiça”, afirmou Luciana Viegas.

No dia da morte de Gabriela a família contou que a menina foi levada para a unidade hospitalar com uma crise de asma e acabou submetida a uma nebulização com o medicamento berotec. De acordo com a mãe da criança, o medicamento lhe causou um reação alérgica e em seguida a morte. A mulher disse também que a equipe médica do hospital foi avisada sobre as reações que o berotec causavam na filha.

Segundo o CRM, a conselheira responsável pela sindicância analisou detalhadamente o prontuário médico, ouviu as partes envolvidas e fez sua conclusão com base no laudo do Serviço de Verificação de Óbito (SVO) e fundamentação científica. “Não há quaisquer indícios de erro médico, seja por imperícia, imprudência ou negligência, vez que a medicação usada , inclusive o fenoterol (berotec), é amplamente utilizada para tratamento da doença da qual a criança foi acometida”, diz trecho da nota do conselho, assinada pelo presidente João Medeiros.

O documento afirma ainda que a equipe que cuidou de Gabriela, formada por seis pediatras, seguiu à risca os protocolos nacionais adotados para a enfermidade.

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Jornal da Paraíba

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