VIDA URBANA
Mãe suspeita de negligência médica em morte de recém-nascido
Segundo denúncia de mãe, bebê teve perna fraturada durante parto no Isea, em Campina Grande. Promotor de Infância pede inquérito policial para investigar caso.
Publicado em 21/10/2010 às 18:22
Karoline Zilah
Com informações da TV Paraíba
O promotor da Infância e Juventude de Campina Grande, Herbert Targino, pediu a abertura de um inquérito policial para investigar a denúncia de que um bebê teria morrido em consequência de negligência médica na maternidade municipal do Instituto de Saúde Elpídio de Almeida (Isea), neste mês de outubro.
A mãe, que mora no município de Soledade, prestou queixa na manhã desta quinta-feira (21) na Central de Polícia de Campina Grande.
De acordo com o boletim de ocorrência registrado pela auxiliar administrativa Rosângela Quessada Santos, o filho dela teve a perna fraturada durante o parto e morreu 14 dias depois, quando estava internado na UTI neonatal dos hospital.
Ela informou que foi encaminhada ao Isea ao sétimo mês de gravidez porque estava perdendo líquido amniótico. O parto, uma cesariana, teve que ser feito poucos dias depois. Conforme a mãe, ela teria recebido a informação da médica de que uma das pernas do bebê teria sofrido uma fratura durante o parto, devido à fragilidade da criança prematura.
A mulher e o marido chegaram a cobrar providências na ouvidoria do hospital, que teria se comprometido em prestar assistência à criança, mas, nos dias seguintes, o recém-nascido sofreu uma infecção na outra perna e, devido às complicações, não resistiu, morrendo no dia 12 de outubro.
Francimar Ramos, diretora da unidade, informou que vai ouvir a médica envolvida no parto para tomar as providências necessárias. Francimar informou que a criança morreu de infecção generalizada, que teria sido contraída durante a gestação. “Nós estamos prontos para receber a comunicação da Justiça e conversar sobre isto para realmente ver se houve alguma negligência, que eu acho que da parte do hospital não houve nenhuma negligência", disse.
O Conselho Regional de Medicina (CRM) local se manifestou sobre o assunto declarando que pode abrir uma sindicância para apurar o caso.
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