VIDA URBANA
Mais de 12 mil consumidores são flagrados com 'gatos' de energia
Energia furtada em 2017 seria o suficiente para abastecer a cidade de Patos por 11 meses.
Publicado em 11/01/2018 às 12:21 | Atualizado em 11/01/2018 às 19:16
Mais de 12 mil unidades consumidoras foram flagradas furtando energia em 2017. A fraude representa uma perda de 128,5 GWh de energia, o suficiente para abastecer, por 11 meses, o município de Patos, no Sertão paraibano. O balanço foi divulgado nesta quinta-feira (11) pela Energisa.
A fraude, encontrada em 12,6 mil unidades consumidoras, levou à prisão de 62 pessoas. Além disso o Governo do Estado deixou de arrecadar mais de R$ 23 milhões de ICMS em contas que teriam sido geradas se não houvessem os desvios.
A Energisa alerta que a prática do "gato de energia" além do prejuízo financeiro é crime previsto no artigo 155 do Código Penal, com pena de até oito anos de cadeia. E ainda, todos os consumidores pagam a conta dos que cometem o crime já que parte do valor é repassado para a tarifa de energia.
O gerente do departamento de Combate a Perdas da Energisa, Fabrício Sampaio, disse que todos os gatos constatados no ano passado foram regularizados e ressaltou que a prática pode levar a diversos outros perigos. "O furto de energia é perigoso porque prejudica a rede em que o gato for colocado. Cada rede tem uma carga dimensionada e a qualidade do fornecimento fica prejudicada com as gambiarras. E os gatos ainda significam risco de incêndios e choques elétricos”, alerta.
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