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VIDA URBANA

Mais de 40 mil domicílios paraibanos não têm esgotamento sanitário

PNAD foi divulgada nesta sexta-feira pelo IBGE e revela que 122 mil pessoas vivem em casas sem rede de esgoto na Paraíba.

Publicado em 13/11/2015 às 9:43

É em uma rua estreita, com esgoto correndo a céu aberto e sem calçamento, que Fernanda Fernandes cresceu e onde a filha, de três anos, brinca com as crianças da vizinhança. A casa da jovem está localizada na rua São Pedro, na comunidade do Baralho, no município de Bayeux, e está entre os 40 mil domicílios que, até o final de 2014, ainda não dispunham de esgotamento sanitário. O dado é da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) publicada nesta sexta-feira (13) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Para a construção da pesquisa foram ouvidas 3.948 milhões de pessoas residentes na Paraíba. O levantamento ainda traz dados sobre migração, educação, trabalho, fecundidade, rendimento das famílias e características dos domicílios, no que se refere à infraestrutura e aquisição de bens duráveis e não duráveis.

No caso do esgotamento sanitário, se comparado aos dados do mesmo levantamento publicado no ano passado, o número de domicílios sem rede de esgoto diminuiu 13,04% no Estado. Na PNAD de 2013, 46 mil domicílios paraibanos estavam nessa situação e o número de pessoas vivendo nessas condições caiu de 143 mil para 122 mil moradores.

“É muito ruim a gente nessa situação porque aumenta a quantidade de insetos e é um risco para as crianças que ficam pela rua. Mas, desde que nasci que moro aqui e sempre foi assim”, lamentou a marisqueira Maria de Fátima Morais. Ela apontou ainda outro problema que afeta a comunidade: o lixo. Conforme a PNAD 2014, em 181 mil domicílios paraibanos o lixo não é destinado de maneira correta.

Com apenas uma rua estreita e sem saída, o acesso à comunidade do Baralho é limitado e não há condições para que o caminhão de lixo entre no local e também não há um coletor na entrada da rua. Como consequência, restos de plástico, papel, metais e resíduos orgânicos se espalham pelas rua, quintal e, o mais grave, vão parar no mangue e nas águas do rio Sanhauá que margeia a comunidade.

“Aqui o carro do lixo não entra não e não tem como a gente juntar as sacolas para serem recolhidas pela prefeitura. Agora, falta também a conscientização do pessoal, porque muita gente joga o lixo no quintal mesmo, no mangue”, lamentou Maria de Fátima. Ela relatou ainda que, por falta de sistema para esgotamento sanitário e fossas sépticas na maioria das casas, os dejetos domésticos também são despejados no rio.

o que diz a Cagepa

Até dezembro de 2010, em Campina Grande, o percentual de esgotamento era de 72,49 % e em João Pessoa, 45,22%. Já em todo o estado da Paraíba, o percentual era de 25,5%. O atual percentual de esgotamento (até dezembro de 2014) aponta que Campina Grande tem 87,55% de cobertura de esgotamento e João Pessoa, 72,03%. Já em todo o estado da Paraíba a cobertura é de 36,56%. Os dados são do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS).

Uma série de obras tem sido entregues entre 2014 e 2015, a mais recente que saneou 100% do distrito de Odilândia, em Santa Rita. Em Campina Grande, o destaque vai para a conclusão em 2014 da Estação de Tratamento de Esgotos de Campina Grande, que custou R$ 2 milhões e beneficiou 300 mil pessoas, a implantação do sistema de esgotamento sanitário do bairro do Cruzeiro (VALOR: R$ 4 milhões, em andamento e vai beneficiar 4.846 pessoas ); e a implantação do sistema de esgotamento sanitário do Jardim Tavares (VALOR: R$ 3,5 milhões, em licitação; vai beneficiar 3.807 pessoas).

Em João Pessoa, segue em andamento a implantação de sistema de esgotamento sanitário nos bairros de José Américo, Água Fria, Colibris, Jardim Ester e Jardim Cidade Universitária, Cruz das Armas, Padre Zé, parte dos Funcionários e Cristo Redentor. Ao total, são R$ 103 milhões em obras de saneamento só na Capital.

Também estão previstas ações para atender as cidades de Cabedelo, Bayeux, Conde, Patos e Santa Rita, com recursos do PAC 2.

Sem resposta

No caso da falta de esgotamento sanitário e saneamento básico na comunidade do Baralho, em Bayeux, a reportagem tentou contato telefônico com a assessoria de comunicação da prefeitura. Mas as ligações não foram atendidas.

Analfabetismo ainda é realidade para 635 mil pessoas na PB

Não saber ler e escrever ainda é uma realidade para 635 mil pessoas, de cinco anos ou mais de idade, na Paraíba. O analfabetismo no Estado, segundo os dados da PNAD 2014 divulgados nesta sexta-feira (13), ainda está presente na vida de 256 mil moradores do Estado na faixa etária dos 30 aos 59 anos. No caso da população que chegou à terceira idade esse quantitativo afetava 227 mil pessoas.

Os dados mostram que houve uma redução de 2,9% no número de pessoas não alfabetizadas, se compararmos as informações da mesma pesquisa divulgada no ano passado, com base em dados de 2013. Nesse último ano, eram 654 mil analfabetos. Assim como a pesquisa divulgada hoje, a maioria das pessoas que estavam nessa condição tinham entre 30 e 59 anos (292 mil moradores). Já os idosos sem alfabetização somavam 219 mil pessoas.

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Jornal da Paraíba

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