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VIDA URBANA

Mais de 5 mil "alternativos" fazem transporte na Capital

Sindicato da categoria estima que existam mais de cinco mil motoristas vinculados à entidade, no entanto a quantidade de carros nas ruas é bem maior.

Publicado em 28/02/2009 às 8:19

Jacqueline Santos
Do Jornal da Paraíba

Um pátio repleto de veículos em uma das avenidas mais movimentadas do centro de João Pessoa. O que parece ser uma revendedora de automóveis é uma espécie de ‘terminal de transportes’ criado pelos motoristas alternativos. A quantidade de carros destinados para essa atividade que circulam pelas ruas da capital cresce a cada dia, segundo informações dos próprios condutores. O sindicato da categoria estima que existam mais de cinco mil motoristas vinculados à entidade, no entanto a quantidade de carros nas ruas é bem maior. Embora haja um crescimento indiscriminado dos alternativos, o processo de fiscalizações, que vinha em ritmo acelerado, sofreu uma redução, conforme a Superintendência de Transportes e Trânsito (STTrans), mas trabalhos serão retomados.

Iramar Menezes, presidente do sindicato, informou que os trabalhadores do ramo atendem 54 cidades paraibanas, “as quais não são atendidas adequadamente pelo sistema de transporte convencional”. Todos os dias, segundo o sindicato da categoria, cerca de 36 mil passageiros utilizam o serviço e trechos como a avenida Maciel Pinheiro, e outras ruas próximas ao Terminal Rodoviário, ficam lotados de motoristas e usuários em busca dessa opção de transporte. Para Givanilda Pereira, os fatores economia e rapidez são os maiores atrativos para fugir dos ônibus.

O comerciante Edvaldo Alves, assim como a dona de casa que mora em Bayeux, utiliza diariamente o transporte alternativo e vê o serviço como essencial para a comodidade de moradores de cidades próximas a João Pessoa. “Sempre uso o serviço ou o trem, mas ônibus nunca. Lembro que antes dos alternativos o terminal em Santa Rita ficava lotado, com imensas filas. Eles massacravam a população, com frota insuficiente para atender à demanda da população da cidade, além de ser muito precária”, opina.

João Ricardo dos Santos, que opera no trajeto entre João Pessoa e Santa Rita, trabalha há dez anos nessa rota e chega a ter um rendimento de até R$ 300 por semana. O veículo é próprio, mas o motorista tem custos com o aluguel do espaço para abrigar o veículo, no intervalo entre as viagens, e com uma pessoa responsável por chamar os usuários. A garagem usada por João é também o espaço de mais 70 carros, todos alternativos. “Nesse trabalho consigo manter minha família”, diz.

Francis Alex Rodrigues está no ramo há mais de dez anos, sempre viajando com destino a Alhandra. Ele cobra a regulamentação da categoria e avisa que a normatização do serviço reduziria o grande número de motoristas alternativos que chegam diariamente para ocupar as ruas da cidade. Com a legalização, acabaria essa falta de organização e a adesão indiscriminada. Nós somos pais de família e queremos apenas trabalhar”, falou, acrescentando que as fiscalizações estão menos intensas. O presidente do sindicato explicou que pretende mandar um ofício para o novo governador do Estado, José Maranhão, cobrando providências para regulamentação do transporte alternativo.

O diretor de Transporte da STTrans, Adalberto Alves Araújo, informou que os pontos mais críticos correspondem ao Varadouro, nas proximidades do Terminal Rodoviário, Lagoa do Parque Solon de Lucena, Avenida Maciel Pinheiro, na área onde funcionava a antiga rodoviária, e na General Osório, próximo à parada de ônibus da linha que atende o município de Santa Rita. Entre junho de 2007 e fevereiro de 2009, o órgão recolheu 317 veículos usados no transporte clandestino.

“As fiscalizações estão paralisadas por conta das mudanças ocorridas na administração do Estado, mas pretendemos iniciar uma nova negociação para coibir a prática”, disse, lembrando que as inspeções foram intensificadas a partir da criação do Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado com o Ministério Público Estadual (MPE). O número de autuações não foi divulgado pela superintendência. Os carros são levados para o pátio da CPTran (Companhia de Policiamento de Trânsito) e a multa para retirar o veículo gira em torno de R$ 400. “Percebemos que existe uma grande incidência de carros de outros municípios, por isso queremos contatar as prefeituras dessas localidades para promoverem um disciplinamento”, ressaltou.

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