VIDA URBANA
Mais de 600 gestantes são diagnosticadas com HIV na PB
Em dez anos, apenas 78 crianças nasceram infectadas.
Publicado em 09/12/2016 às 18:00
Ter o vírus da Aids não impede uma mulher de ter um filho, segundo o Ministério da Saúde. Essa declaração reflete os dados registrados nos últimos dez anos na Paraíba. O número de casos de HIV/Aids diagnosticados em mulheres gestantes no Estado foram 667. Desse total, apenas 78 crianças nasceram com o vírus, de 2007 até hoje. A gerente operacional das DSTs/Aids/Hepatites Virais do Estado, Ivoneide Pereira, informou que se a mulher fizer o tratamento em tempo oportuno na gravidez, a gestante não passa o HIV para o bebê.
Ivoneide ressalta a importância do pré-natal lembrando que a testagem para HIV é recomendada no 1º trimestre. As gestantes que souberem da infecção durante o pré-natal têm indicação de tratamento com os medicamentos para prevenir a transmissão para o feto. Do total (667) de mulheres com o vírus diagnosticadas na Paraíba nesses últimos dez anos, 552 delas fizeram o pré-natal. “Isso reflete a quantidade baixa de bebês que nasceram com o vírus. Por isso a importância desses cuidados na gravidez. Fazendo o diagnóstico precoce na gestante, iniciando o tratamento e seguindo o protocolo, têm grandes chances de o bebê nascer saudável, mais de 90% de chance”, ressaltou.
Neste ano, o Estado registrou o diagnósticos em 50 mulheres gestantes com HIV/Aids. Ivoneide acrescentou informando que devido aos cuidados ainda na gravidez, nenhum bebê nasceu com vírus em 2016.
Já em relação ao tipo de parto mais indicado para evitar a infecção do bebê pelo HIV vai depender, principalmente do estado de saúde da mãe e do número de vírus circulando no organismo da gestante, informou Ivoneide. O mais indicado é a cesariana eletiva, aquela realizada antes do início do trabalho de parto, sem rompimento da bolsa.
No entanto, a mãe não pode amamentar o bebê. Com isso, a Secretaria de Estado da Saúde, através da gerência operacional de DST/Aids/hepatites Virais, disponibliza leite em pó para as crianças, onde recebem dez latas por mês até completarem 1 ano.
“Logo após o parto, essa criança que foi exposta ao vírus deverá ser acompanhada por profissionais médicos e inciar o tratamento com antirretrovirais (xarope) e só depois de completar 2 anos é que deverá ser feito a testagem para saber se ela adquiriru ou não o HIV”, complementou.
Números de casos de HIV/Aids por ano diagnosticados na Paraíba em gestantes e crianças:
Ano GestanteCriança
2007 49 9
2008 47 17
2009 37 9
2010 72 20
2011 77 10
2012 83 4
2013 122 1
2014 58 4
2015 72 4
2016 50 0
Total 667 78
FONTE: Sinan NET, 25/11/2016
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