VIDA URBANA
Mais de 70% das pessoas que precisaram se internar na PB recorreram ao SUS
Apesar de alta, média estadual é menor que a do Nordeste, de acordo com o levantamento divulgado nesta sexta (4).
Publicado em 04/09/2020 às 18:57
O percentual de pessoas que precisaram se internar em hospitais por mais de 24 horas, na Paraíba, e recorreram ao atendimento do Sistema Único de Saúde (SUS), gira em torno de 74,2%. Essa proporção foi levantada pela Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (4).
Para constatar os dados, a PNS considerou as internações que aconteceram nos últimos 12 meses anteriores à data da entrevista, que aconteceu em meados de 2019. Nesse período, pelo menos 5,1% da população paraibana, o que equivale a cerca de 203 mil pessoas, ficou internado.
Apesar de ser alta, e de ter ficado acima da proporção brasileira (64,6%), a média estadual de internações no SUS é inferior a do Nordeste, que ficou em 77,8%. Conforme o estudo, a internação através do SUS diminui de acordo com o aumento da renda domiciliar per capita. A proporção de rendimento foi distribuída da seguintes maneira:
- Internados que ganhavam até um quarto do salário-mínimo: 94,6%;
- Internados que ganhavam de meio a um salário-mínimo: 88,5%;
- Internados que ganhavam mais de um quarto até meio salário-mínimo 85,9%;
- Internados que ganhavam mais de um até dois salários-mínimos 49,7%;
- Internados que ganhavam mais de dois até três 27,3%;
- Internados que ganhavam mais de cinco salários-mínimos 6,8%;
- Internados que ganhavam mais de três a cinco (4,6%).
Pessoas pardas utilizaram mais o Sistema Único de Saúde (SUS) em internações por mais de 24 horas (82%) na Paraíba, do que pessoas pretas (70,6%) e brancas (64,5%).
Desocupação por problemas de saúde
Ainda de acordo com a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), 310 mil paraibanos, o que equivale a 7,8% da população do estado, deixaram de realizar atividades habituais nas duas semanas anteriores à entrevista do IBGE, por motivos de saúde.
Mesmo sendo alto, o percentual ficou abaixo das médias do Brasil (8,1%) e do Nordeste (8,7%). O motivo de saúde que causou o afastamento dessas pessoas, em pelo menos 8,3% desses casos, estava relacionado ao próprio trabalho.
Assistência em saúde domiciliar
A 2ª menor proporção de todo o Nordeste de domicílios em que agentes de endemias realizaram visitar nos 12 meses que antecederam a pesquisa do IBGE, foi ocupada pela Paraíba, com uma taxa de 68,1%. O indicador ficou maior apenas que o constatado no estado do Maranhão (64,3%), e acima da média brasileira (64,6%), mas abaixo da regional (72,4%).
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