VIDA URBANA
Mais grávidas com sífilis na PB
Casos de sífilis entre gestantes cresceu 30% na Paraíba, testes rápidos ajudarão a combater a DST que é passada de mãe para filho.
Publicado em 10/12/2011 às 6:30
Entre os anos de 2009 e 2011 (até novembro), o número de casos de sífilis em gestantes cresceu 30%, na Paraíba. Em 2009, a Secretaria Estadual de Saúde (SES) registrou 177 casos da doença, em 2010, foram 187 registros e, em 2011, já são 231 casos de sífilis entre grávidas. O Ministério da Saúde (MS) vai enviar aos Estados, a partir do próximo ano, testes rápidos de triagem para o diagnóstico da doença com o objetivo de garantir que todas as grávidas e seus parceiros sexuais tenham acesso ao exame e, quando necessário, ao tratamento. A Paraíba deverá receber 3 mil testes, que são realizados, inicialmente, em João Pessoa, e depois serão estendidos para os demais municípios em 25 serviços de saúde.
A sífilis é uma doença sexualmente transmissível, facilmente curada no estágio inicial, mas torna-se grave, podendo levar à morte, se não for tratada. Além da transmissão durante o sexo sem camisinha, a doença pode ser passada da mãe para o filho, durante a gestação. Por isso, o Ministério da Saúde determinou a obrigatoriedade do registro da doença entre as gestantes, desde 2005.
“É visível que está havendo um pequeno aumento no registro da doença na Paraíba a cada ano. Mas isso se deve ao não uso de preservativo e também ao maior acesso ao exame durante o pré-natal”, destacou a gerente operacional das DST/Aids e Hepatites Virais da Secretaria Estadual de Saúde (SES), Ivoneide Lucena. Ela acrescenta ainda que a SES notifica apenas os casos de sífilis entre gestantes, que é o recomendado pelo Ministério da Saúde.
TESTES RÁPIDOS
De acordo com Ivoneide, a SES ainda vai solicitar os três mil testes rápidos de sífilis ao MS e eles deverão começar a ser feitos a partir do próximo ano, inicialmente, em João Pessoa, no Centro de Testagem e Aconselhamento de DST/Aids (CTA).
“Posteriormente, deveremos receber 500 testes mensais para João Pessoa e, em uma segunda fase, começaremos a realizar os testes nos demais municípios onde há os CTAs (Campina Grande, Princesa Isabel, Patos, Bayeux e Santa Rita)”, explicou a gerente da SES.
Segundo Ivoneide, a abrangência dos testes será realizada gradativamente. “Acredito que no segundo semestre já estaremos fazendo os testes também nas unidades básicas de saúde”, disse. Com isso, em João Pessoa, os exames poderão ser feitos em 18 Unidades Básicas de Saúde da Família (UBSF), no hospital Santa Isabel e no Ortotrauma de Mangabeira, além do CTA.
O chefe da Sessão de DST/Aids da Secretaria de Saúde de João Pessoa, Roberto Maia, explicou que com o teste rápido, o paciente pode ter o diagnóstico em 20 minutos, enquanto que no comum o resultado demora cerca de oito dias úteis. Segundo ele, são feitos mensalmente cerca de dois mil testes comuns de sífilis em João Pessoa. Destes, entre 30 e 35 dão positivos para a doença. (Camila Alves)
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