VIDA URBANA
Manifestação deixa cidade sem água
Manifestantes invadiram estação de água da Cagepa no Açude Engenheiros Ávidos.
Publicado em 24/10/2013 às 6:00
Uma manifestação realizada por ribeirinhos do Açude de Engenheiro Ávidos, distrito de Cajazeiras, no Sertão do Estado, deixou a cidade sem água durante todo o dia de ontem. Eles invadiram a estação de água da Companhia de Água e Esgotos da Paraíba (Cagepa) do município e, em protesto contra a falta de água na região, exigiram que todo o abastecimento do município fosse interrompido, o que fez com que mais de 55 mil pessoas ficassem sem água nas torneiras. Até o fechamento desta edição, o abastecimento não havia sido normalizado.
De acordo com os ribeirinhos, há mais de 90 dias eles estão sem água e se mantêm com água de cacimbas, que estão se esgotando. “Além disso, a água que está chegando de carro-pipa é de péssima qualidade”, disse o pastor Aílton, que integra o protesto. Os manifestantes obrigaram os operadores da Cagepa a fecharem todas as comportas que distribuem água para a cidade e afirmaram que somente devem liberar a reabertura quando os órgãos competentes se posicionarem sobre a volta do abastecimento de água dos sítios próximos ao distrito e dos municípios de Gravatá e Nazarezinho.
O gerente da Cagepa de Cajazeiras, Cleudisman Alexandre, recomendou aos operadores do órgão que obedecessem à determinação dos manifestantes, mas ressaltou que com esta atitude os ribeirinhos estão tentando resolver o problema gerando um problema de maior proporção. “O problema é que a cada dia de comportas fechadas são pelo menos seis dias para que o abastecimento seja normalizado completamente quando as comportas forem reabertas”, explicou. Segundo Cleudisman, a medida pode gerar falta de água no Hospital Regional de Cajazeiras e no Centro de Hemodiálise, prejudicando pacientes.
Com relação ao problema dos ribeirinhos, ele informou que apenas a Agência Nacional das Águas e o Departamento Nacional de Obras Contra as Secas podem decidir sobre o assunto. A reportagem do Jornal da Paraíba tentou contato com as instituições, mas não obteve resposta.
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