VIDA URBANA
Manifestantes ocupam Centro de JP
Organizado por bancários e funcionários dos Correios, protesto reuniu cerca de 200 pessoas e teve apoio de outras representações sociais.
Publicado em 26/09/2013 às 6:00 | Atualizado em 14/04/2023 às 17:43
Duas agências pichadas, uma tentativa frustrada de quebrar a fachada de um banco com pedrada e trânsito congestionado por mais de uma hora. Este foi o saldo do protesto ocorrido na tarde de ontem no Centro de João Pessoa, que teve a presença de 200 manifestantes, segundo estimativa da Polícia Militar.
A manifestação foi organizada por bancários e funcionários dos Correios que deflagraram greve neste mês, mas o movimento teve o apoio de outras representações sociais. Central Única dos Trabalhadores (CUT), Movimento Sem Terra (MST), Sindicato das Telecomunicações da Paraíba (Sintel) e Levante Popular da Juventude participaram da mobilização, que durou cerca de duas horas.
A concentração começou por volta das 16h, na Praça 1817. Usando um carro de som, alto-falantes e portando faixas e cartazes, os manifestantes interromperam o trânsito, gritaram palavras de ordem e criticaram o governo federal.
Um “caixão” de papelão coberto com a foto da presidente Dilma Rousseff foi levado pelas ruas. Segundo o diretor do Sindicato dos Funcionários dos Correios e Telégrafos, Emanuel de Souza, o “caixão” é um protesto contra o projeto de lei que pretende transformar os Correios numa sociedade anônima. “Com a medida, a presidente está 'enterrando' os Correios”, disse.
Por volta das 17h, os manifestantes começaram a percorrer ruas do Centro e seguiram em direção Parque Solón de Lucena, onde fizeram um ato público. No caminho, uma pessoa pichou a mureta lateral da agência da Caixa Econômica Federal, localizada na Rua Barão do Abiaí; e a fachada da agência do Banco Itaú, no Parque Solón de Lucena. Este estabelecimento também foi alvo de uma pedrada, que atingiu a porta de vidro, mas não quebrou.
Ao perceberem a tentativa de vandalismo, sindicalistas se posicionaram em frente ao banco, para evitar que ele fosse depredado. Eles também repreenderam o jovem que jogou a pedra. “Essa pessoa não é do sindicato. Nosso movimento é sério, ordeiro e pacífico. Não aceitamos vandalismos”, disse o representante do Sintel, Wallas Oliveira.
O protesto reuniu diversas reivindicações. Integrantes do MST exigiam reforma agrária; os membros do Levante Popular da Juventude pediam mais respeito aos trabalhadores; enquanto bancários e funcionários dos Correios pediam reajustes salariais e melhores condições de trabalho.
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