VIDA URBANA
Marvin é liberado da prisão e vai ser monitorado com tornozeleira
Ele é suspeito de participação da chacina da família de paraibanos na Espanha.
Publicado em 30/11/2016 às 19:20
O jovem Marvin Henriques Correia, de 18 anos, suspeito de participação da chacina da família de paraibanos em Pioz, na Espanha, foi liberado no fim da tarde desta quarta-feira (30). Ele, que estava na Penitenciária de Segurança Máxima Doutor Romeu Gonçalves de Abrantes, o PB1, em João Pessoa, vai responder ao processo em liberdade, sendo monitorado com uma tornozeleira eletrônica. A informação foi repassada pelo advogado de defesa de Marvin, Sheyner Asfora.
Marvin foi preso preventivamente no dia 28 de outubro. Segundo a Polícia Civil, que realizou a prisão, as investigações comprovam que o jovem de 18 anos manteve contato direto com François Patrick Nogueira Gouveia, que confessou a chacina em Pioz, quando este matava o tio, Marcos Campos Nogueira, a esposa dele, Janaína Santos Américo, e os dois filhos pequenos do casal. As conversas teriam acontecido pelo aplicativo de mensagens WhatsApp e Marvin teria, inclusive, dado dicas de como mutilar e ocultar os cadáveres.
O amigo de Patrick havia tido a liberdade negada por duas vezes. Marvin foi preso a pedido do Ministério Público da Paraíba (MPPB) que considerou como crime as conversas do jovem com Patrick Gouveia. “Os assassinatos foram na Espanha, ele estava aqui no Brasil, mas a troca de mensagens em tempo real fazem como que ele estivesse participando da cena do crime”, disse o promotor Márcio Gondim.
A Polícia Civil da Paraíba indiciou Marvin por homicídio qualificado. O delegado Reinaldo Nóbrega, responsável pela investigação, considerou que o jovem teve participação apenas na morte de Marcos Campos.
A Polícia Federal, responsável pela investigação inicial, teve um entendimento diferente e considerou que não era necessário a prisão do jovem, tanto que não o indiciou, quando o inquérito foi encerrado. “Ele está preso por homicídio. Mas ele matou alguém? Não. Ele forneceu meios para que alguém fosse morto? Não”, declarou o delegado Gustavo Barros.
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