VIDA URBANA
Maternidade de Bayeux tem alas interditadas
Três alas do Hospital e Maternidade João Marsicano foram interditadas após vistoria do Coren, MPPB e Agevisa.
Publicado em 11/10/2013 às 6:00 | Atualizado em 17/04/2023 às 17:51
Após vistoria realizada na tarde de ontem, o Ministério Público da Paraíba, através da Promotoria de Saúde, do Conselho Regional de Enfermagem (Coren) e da Agência Estadual de Vigilância Sanitária (Agevisa), interditou três alas do Hospital e Maternidade João Marsicano em Bayeux, região da Grande João Pessoa. A inspeção teve como objetivo averiguar possíveis irregularidades nas instalações e funcionou como parte das investigações decorrentes de denúncias sobre falta de atendimento especializado.
Os setores interditados foram o bloco cirúrgico, a sala de procedimentos e a central de materiais esterilizados. A Vigilância Sanitária interditou o setor de materiais esterilizados tendo como justificativa o fato de que a esterilização não estava sendo realizada de maneira correta. Segundo informações da Agevisa, os materiais que eram reutilizados em cirurgias não estavam passando pelo teste biológico para saber se a esterilização estava sendo feita adequadamente.
O órgão interditou também o bloco cirúrgico, alegando falta de estrutura, equipamentos e medicamentos. Outro motivo foi o estado das paredes, que estavam mofadas e descascando. Já o Coren interditou os funcionários por conta da exposição aos aparelhos esterilizados incorretamente, por não haver nenhum enfermeiro responsável nesta área do hospital e por considerar inexistente condições adequadas de trabalho.
Segundo a promotora Maria Edlígia, a Prefeitura de Bayeux tem verba para construção de uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) desde o mês de dezembro do ano passado, mas até agora não começou as obras da unidade que funcionaria dentro do hospital. Ainda de acordo com ela, enquanto houver riscos aos pacientes, as alas continuarão interditadas.
A secretária adjunta de Saúde, Fátima Amorim, garantiu que a secretaria vai tomar todas as providências para que o hospital se adeque às normas estabelecidas pelo MP. “A partir do momento em que soubemos, eu deixei claro para a doutora Maria Edlígia que a secretaria é orientada a seguir todas as indicações pertinentes às decisões do Ministério Público e dos conselhos. Mediante isso, estamos aguardando apenas o relatório final que a diretora do hospital ficou de passar”, declarou. (Especial para o Jornal da Paraíba, com informações da TV Cabo Branco)
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