VIDA URBANA
Médicos aceitam reajuste nos plantões e acabam greve em Patos
Médicos que trabalham nos hospitais públicos da cidade de Patos, no Sertão do Estado, decidiram voltar ao trabalho neste fim de semana após acordo com o Governo do Estado.
Publicado em 10/05/2011 às 7:13
João Paulo Medeiros
Do Jornal da Paraíba
Depois de mais de 30 dias de paralisação os médicos que trabalham nos hospitais públicos da cidade de Patos, no Sertão do Estado, decidiram voltar ao trabalho neste fim de semana. O retorno às atividades só foi possível após um acordo da categoria com o Governo do Estado. A partir de agora, os médicos que trabalham nas unidades de saúde de complexidade I vão receber R$ 640 (plantões durante a semana) e R$ 740 (para finais de semana e feriados).
Os que trabalham de plantão em hospitais de complexidade II vão receber R$ 550 (durante a semana) e R$ 640 (finais de semana e feriados) e complexidade III, R$ 500 (durante a semana e finais de semana). Também recebem R$ 640 os médicos que trabalham nos hospitais de especialidades e nas unidades de pronto atendimento.
Em Patos, o Hospital Regional Janduhy Carneiro está classificado como nível de complexidade I. Já o Hospital Infantil Noaldo Leite e a Maternidade Peregrino Filho estão como hospital de especialidades.
Segundo o diretor do Hospital Regional patoense, médico Eliseu de Melo Neto, os atendimentos começaram a ser normalizados ontem. “Estamos reorganizando as coisas e as escalas de plantões, para que possamos voltar a oferecer todos os serviços normalmente à população. O hospital está voltando a funcionar plenamente”, comentou o médico.
A greve dos médicos foi deflagrada em protesto contra uma suposta desigualdade entre os valores pagos aos médicos que trabalham nos hospitais de Patos em comparação com os profissionais de Campina Grande e João Pessoa. Com o retorno das atividades, os hospitais estão dando prioridade aos casos de urgência e emergência, mas pacientes com patologias de média complexidade, como infecções e viroses também estão sendo atendidos.
Em Campina Grande, um encontro será realizado hoje na promotoria da Saúde do município, entre representantes dos médicos, da Secretaria de Saúde do Estado e a direção do Hospital Regional Dom Luiz Gonzaga Fernandes, para discutir a paralisação dos cirurgiões gerais e pediátricos na cidade.
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