VIDA URBANA
Médicos da UPA temem surto de catapora em Campina Grande
Chegada das estações mais quentes do ano é comum começarem a aparecer os primeiros casos de catapora.
Publicado em 16/11/2012 às 8:45
Febre, mal-estar, dor de cabeça e cansaço não são só sintomas de gripe. Segundo médicos, com a chegada das estações mais quentes do ano é comum começarem a aparecer os primeiros casos de catapora, doença infecciosa que causa lesões na pele caracterizadas por manchas avermelhadas. Na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Campina Grande já foram registrados os primeiros casos da doença este mês, que, segundo os médicos, pode ser uma 'bomba relógio' pronta para atingir grande parte da população.
A médica Lúcia Quirino, que trabalha na UPA, disse que somente esta semana já atendeu pacientes não apenas de Campina Grande, mas principalmente de cidades vizinhas. “Ainda não temos dados quantitativos de número de atendimentos, mas quando os primeiros casos já aparecem e em um curto espaço de tempo várias criança, adolescentes, adultos e mulheres grávidas são afetados pelo vírus”, explicou a pediatra.
Quem precisou ser atendida foi a filha da dona de casa Maria Zuleide, 39 anos, que veio da cidade de Esperança, no Brejo, buscar melhores cuidados. Ela afirmou que inicialmente pensava que a filha estivesse contraído uma virose. Contudo, após ela não reagir aos medicamentos e reclamar de irritação em todo o corpo suspeitou da doença. “Eu não achava que era catapora, apesar de em Esperança estar com um número muito grande de crianças com essa doença. Como na escola da minha filha vários alunos estão doentes, ela acabou pegando também”, contou.
A transmissão do vírus da catapora ocorre por contato direto através da saliva ou secreções respiratórias da pessoa infectada.
O coordenador do Atendimento de Urgências de Campina Grande, Antonio Henriques, advertiu que, para evitar o contágio da doença, os pais devem vacinar os filhos após o primeiro ano de vida, adolescentes e adultos com baixa imunidade devem procurar o setor de imunização para serem vacinados. “Esta é uma época propícia para o aparecimento dessa doença. Por isso os casos já começam a ser mais frequentes”, disse Henriques.
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