Médicos do Arlinda Marques param cirurgias

Com o contrato entre Secretaria de Estado da Saúde (SES) e Cooperativa dos Cirurgiões (Copecir) vencidos desde agosto último, os médicos cirurgiões pediátricos decidiram suspender o atendimento no Hospital Infantil Arlinda Marques, em João Pessoa, a partir do dia 1º de novembro. Eles alegam que o documento é a segurança mínima que têm para o exercício da atividade profissional, embora não garanta direitos como 13º salário, aposentadoria ou férias.

De acordo com o presidente da Cooperativa dos Cirurgiões da Paraíba (Coopecir-PB), José Helman Palitó, 12 cirurgiões pediatras atendem no Arlinda Marques, hospital de referência no atendimento pediátrico e realização de cirurgias infantis no Estado. Diariamente, nove cirurgias eletivas são realizadas no hospital.

Com a suspensão das atividades por parte dos cirurgiões, deixam de ser realizadas cirurgias pediátricas eletivas (agendadas previamente), de urgência e de emergência, além de visitas e acompanhamento de pacientes do ambulatório do setor de cirurgias.

O presidente da Coopecir afirmou que nos últimos dois meses várias tentativas para renovação do contrato com a SES foram feitas, mas houve dificuldade nas negociações. “Os médicos estão trabalhando sem garantias de seus direitos.

Comunicamos o encerramento do contrato em agosto e reivindicamos, por várias vezes, a renovação dele. Apesar dos esforços não obtivemos resposta”, relatou.

A reportagem procurou o secretário estadual de Saúde, Waldson de Souza, para falar sobre o assunto, mas apesar das várias tentativas de contato por telefone celular, não obteve êxito.