VIDA URBANA
Médicos do Hospital Regional ameaçam pedir demissão em CG
Acordo feito com profissionais de cinco especialidades não estaria sendo cumprido. Direção do hospital afirma que pagamento ainda está dentro do prazo para ser cumprido.
Publicado em 02/06/2009 às 8:31
Rebeca Casemiro, do Jornal da Paraíba
Médicos de cinco especialidades prestadores de serviço no Hospital Regional de Emergência e Trauma de Campina Grande voltaram a parar as atividades ontem, alegando o não cumprimento, por parte da direção da unidade hospitalar, de reivindicações firmadas em Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) na Curadoria da Saúde.
Segundo o representante da categoria, o cirurgião Geraldo Medeiros, cerca de trinta profissionais estão sem desempenhar as atividades respaldados pelo Ministério Público e pelo Conselho Regional de Medicina, pois cumpriram com o que foi acordado.
No mês de abril, os médicos especialistas em cirurgias torácica, vascular, plástica, pediátrica e neurocirurgia pararam o atendimento exigindo isonomia salarial com os médicos concursados e o pagamento dos vencimentos na mesma data, além de melhorias nas condições de trabalho, alegando falta de equipamentos.
Geraldo explicou que a suspensão dos serviços irá acontecer por tempo indeterminado, até que alguém da diretoria do hospital se manifeste para cumprir o que foi acordado no TAC. De acordo com os médicos, os salários de abril e maio estão atrasados e nenhum equipamento ainda foi comprado para o hospital. O diretor administrativo do Regional, Márcio Rocha, afirmou que a direção está cumprindo com acordo. Ele disse que apenas os salários de alguns médicos prestadores de serviço ainda não foram pagos, mas garantiu que deve ser feito ainda esta semana.
Sobre a aquisição de novos equipamentos, Márcio Rocha, disse que o pleito já foi encaminhado para a Secretaria Estadual de Saúde, que abrirá o processo de licitação para a aquisição dos aparelhos. O diretor disse que ainda não recebeu nenhum comunicado oficial da paralisação da categoria, mas assegurou que o atendimento não está prejudicado.
“Temos mais de 250 médicos no hospital e o atendimento está acontecendo normalmente. Ainda não fomos procurados pelos médicos, mas caso eles decidam pela demissão nós vamos decidir que medidas adotar para não prejudicar o funcionamento do hospital”, informou.
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