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VIDA URBANA

Médicos residentes entram em greve nesta terça na Paraíba

Médicos reivindicam reajuste de 38,7% na bolsa-auxílio, ampliação nos benefícios e melhorias nas condições de trabalho, Greve atinge serviços nos HUs de João Pessoa e Campina Grande.

Publicado em 17/08/2010 às 9:30

Rostand Melo
Do Jornal da Paraíba

Cerca de 100 médicos residentes que atuam nos hospitais vinculados às universidades federais da Paraíba começam nesta terça-feira (17) uma paralisação para reivindicar reajustes de 38,7% na bolsa-auxílio, ampliação nos benefícios e melhorias nas condições de trabalho.

Na Paraíba, a greve vai prejudicar os serviços prestados no Hospital Universitário Lauro Wanderley (HULW), em João Pessoa, e no Hospital Universitário Alcides Carneiro (HUAC), em Campina Grande. A partir das 8h haverá uma mobilização dos residentes nos dois hospitais.

Só na capital, a estimativa é que por dia 300 atendimentos ambulatoriais deixem de ser oferecidos à população. Em Campina Grande uma das áreas mais afetadas será o setor cirúrgico.

Segundo representantes do movimento grevista, podem ser suspensas pelo menos 30 das 35 cirurgias realizadas por dia, entre pequenas e grandes operações, já que muitas só podem ser realizadas com a equipe completa. O acompanhamento dos pacientes internados, bem como dos portadores de HIV/AIDS no setor de infectologia também será prejudicado. Apenas os serviços essenciais e de emergência não devem sofrer alteração.

Em João Pessoa são oferecidas cerca de 75 vagas para a residência no Hospital Lauro Wanderley, no centro de referência em oftalmologia, ginecologia e obstetrícia, bloco cirúrgico e atendimentos ambulatoriais em clínica geral e diversas especialidades, como cardiologia.

De acordo com a direção, são realizadas normalmente cerca de mil atendimentos ambulatoriais, mas com a greve esse número deve sofrer uma redução de 30%. Já em Campina Grande, são 23 residentes divididos em cirurgia geral, clínica médica, pediatria e infectologia.

Greve

A greve foi decretada pela Associação Nacional dos Médicos Residentes (ANMR) entidade que representa os 22 mil residentes em todo o país. Os profissionais afirmam que o valor da bolsa-auxílio está congelado desde 2006 em R$ 1.916,45. A contraproposta oferecida pelo Governo Federal nas negociações que começaram em abril deste ano é de um aumento de 17%, considerado baixo pela categoria.

Os residentes pedem ainda o pagamento de um adicional de insalubridade, auxílio moradia e alimentação, ampliação da licença-maternidade de quatro para seis meses, além da inclusão de novos benefícios como uma gratificação natalina similar ao 13º salário.

Os médicos reclamam ainda das condições de trabalho. “O médico residente deve trabalhar no máximo 60 horas por semana, mas na Paraíba já registramos casos de até 96 horas semanais”, relatou o médico Ivan-clécio Rodrigues, residente do bloco cirúrgico no HUAC em Campina Grande.

Direção de hospital

O diretor do Hospital Lauro Wanderley em João Pessoa, Dr. João Batista Silva, contesta o movimento. “Praticamente nenhuma das reivindicações pode ser atendida no período eleitoral. A greve vai trazer um prejuízo para a população, já que os residentes têm importância no atendimento às pessoas de baixa renda”, comentou.

Para o dr. João Batista, o movimento também prejudica os residentes, pois a paralisação pode atrasar a conclusão da residência e dificultar a mudança de categoria. A direção do Hospital Universitário Alcides Carneiro, em Campina Grande, preferiu não se pronunciar sobre o caso.

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Jornal da Paraíba

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