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VIDA URBANA

Medo no Pedregal e Mutirão

Moradores do Pedregal e Mutirão, em Campina Grande, estão convivendo com um clima de terror motivado por gangues que disputam o domínio do tráfico.

Publicado em 25/11/2012 às 8:00


Os moradores do Pedregal e Mutirão, em Campina Grande, estão convivendo com um clima de terror motivado por gangues que disputam o domínio do tráfico de drogas e acabam transformando os dois bairros em cenários para cenas de violência com tiroteios e assassinatos ocorridos até à luz do dia. Os dados do 2º Batalhão de Polícia Militar (BPM) mostram que somente este ano já foram registrados 22 assassinatos nos dois bairros, sendo 13 no Pedregal e nove no Mutirão.

Quem caminha pelas ruas dos dois bairros logo percebe a sensação de medo dos moradores, que, com poucas palavras e temendo serem identificados, relatam que o crime tem ditado as regras nessas comunidades e obrigado o silêncio como forma de dificultar a prisão dos responsáveis por crimes. Algumas famílias já desistiram de morar nessas áreas e decidiram mudar de endereço na tentativa de fugir da violência.

Apenas no mês de novembro, de acordo com a Polícia Militar, já foram registrados nove homicídios nos dois bairros, incluindo a chacina ocorrida no Pedregal no início do mês que deixou cinco mortos. No Mutirão, dois homicídios foram registrados em um único final de semana. Um homem foi executado em via pública na tarde do último dia 17 e na madrugada do dia 18 o sargento da Polícia Militar Jefferson dos Santos foi morto durante uma troca de tiros com traficantes que atuam na região.

Uma das moradoras, que pediu para não ser identificada, relatou que os traficantes atuam no Mutirão com fre- quência e disse que até toque de recolher é uma realidade na comunidade. De acordo com ela, os criminosos estabelecem leis e matam sem medo aos que não cumprirem as regras ou estiverem devendo algo para eles. “Somos obrigados a fazer o que eles mandam, ou então morremos”, contou. Um dos acusados de ser chefe de gangues de tráfico e homicídios no Mutirão foi preso na última sexta-feira.

Henrique Bezerra Leão, 24 anos, é acusado de matar o sargento. Ele é natural de Campina Grande, mas já morou no Rio.

De acordo com o Censo realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no ano de 2012, o bairro Mutirão tem 6.911 moradores. Mas, por conta da violência constante na região, apenas na semana passada quatro famílias se mudaram para outros bairros da cidade. Além disso, a creche e o posto de saúde do bairro estão fechados por conta da onda de violência.

A gerente de Atenção Básica de Saúde, Joelma Fernandes, informou que o posto de saúde do bairro realmente está fechado desde que o sargento Jefferson foi morto e espera que a segurança no local seja restabelecida e a reabertura do posto ocorra o mais rápido possível. O secretário de Educação do município negou a informação e diz que não tem conhecimento de que a creche tenha sido fechada.

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Jornal da Paraíba

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