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VIDA URBANA

Menino foi morto pela mãe e padrasto em ritual de magia negra

Uma quinta pessoa presa confessou que ele, a mãe, o padrasto e o amigo deles, também preso, mataram o menino em ritual.

Publicado em 16/10/2015 às 15:33

Após pouco mais de 72 horas de investigação, a Polícia Civil conseguiu elucidar o assassinato macabro do menino Everton Siqueira da Silva, 5 anos, morto na cidade de Sumé. Nesta manhã de sexta-feira (16), foi presa a quinta pessoa que estava sendo procurada pela Polícia Civil, Wellington Soares Nogueira, que confessou todo o crime e contou detalhes sobre o ritual de magia negra que foi realizado, culminando na morte do menino. A mãe da vítima, o padrasto e o ex-presidiário amigo da família teriam participados diretamente do ato, segundo a polícia. O objetivo dos envolvidos era matar Everton e a irmã dele para tirar todo o sangue das crianças e realizar uma oferenda espiritual.

As informações sobre a elucidação do caso foram divulgadas pelo delegado Paulo Rabelo. Ele conta que Wellington relatou detalhadamente como o crime aconteceu. Em depoimento, o homem disse que durante todo o último domingo (11), os quatro estiveram em um açude da cidade arquitetando o crime e na noite do mesmo dia foram sequestrar as crianças. Everton Siqueira foi pego, mas a irmã dele conseguiu escapar, indo para a casa da avó.
Segundo as investigações, Everton Siqueira foi morto entre às 18h30 e 21h30 do domingo (11). Em depoimento, Wellington contou que os envolvidos mataram a criança com uma faca pertencente à Denivaldo Santos Silva e depois usaram uma maquita para cortar o tórax. Eles retiraram todo o sangue da criança e colocaram em um balde cor preta. “Por isso eles cortaram o corpo da criança em várias partes e deixaram os órgãos à mostra, para que todo o sangue fosse extraído no balde e assim fosse feita a oferenda espiritual”, disse o delegado. O padrasto Daniel Ferreira dos Santos e a mãe Laudenice dos Santos Siqueira também são suspeitos de participarem do ato, que aconteceu às margens de um pequeno açude.
O suspeito Wellington Soares foi preso por uma equipe da Polícia Civil da cidade de Sumé, no Cariri paraibano, e está sendo interrogado na delegacia. Ele deverá ser transferido ainda nesta sexta-feira (16) para cidade de Monteiro, para novos depoimentos. A justiça irá determinar se ele também será transferido o presídio PB1, em João Pessoa. O delegado destacou a frieza do padrasto e da mãe, que passaram a última segunda-feira (12) indo às rádios locais realizando as buscas.
Deficiente mental era inocente
Ainda de acordo com o delegado Paulo Rabelo, o deficiente mental João Batista Alves de Sousa, 51 anos, não teve nenhum relação com o crime. “A atribuição de culpa a João Batista foi um álibi utilizado por Daniel Ferreira para desviar o foco da investigação. Infelizmente ele acabou morrendo inocente. O padrasto matou ele no presídio alegando que ele teria confessado o crime, na tentativa de ludibriar a investigação”, disse o delegado.
Padrasto confessa assassinato de deficiente mental
Após ser preso em flagrante por assassinar João Batista Alves de Sousa, de 51 anos, o padrasto do menino Everton Siqueira Silva, de 5 anos - assassinado com requintes de crueldade no município de Sumé - revelou detalhes do crime em depoimento à Polícia Civil. Daniel Ferreira do Santos, conhecido como Xana, de 30 anos, afirmou que na tarde de ontem, João Batista, que apresentava deficiência mental, confessou o assassinato e detalhou o crime para ele. João Batista teria contado que na última terça-feira (13), dia em o corpo do garoto foi encontrado, ele caminhava próximo ao local do crime enquanto a criança “o aperreava”. João Batista então teria desferido um golpe de facão em Everton, que caiu no chão e foi novamente esfaqueado. Eles estavam presos na mesma cela no Presídio Romeu Gonçalves de Abrantes, PB1, em João Pessoa.

Ainda segundo o depoimento de Daniel Ferreira, ele esperou até a noite, quando João Batista estava distraído, o atacou com a própria camisa e o estrangulou até perceber que a vítima não se movimentava mais. Após a ação, Daniel ainda atacou João Batista com socos e pontapés. Por volta das 0h de ontem, os funcionários da Penitenciária Romeu Gonçalves de Abrantes, o PB1, ouviram os gritos de outros detentos que afirmavam que tinha um 'pacote' na cela dos suspeitos. Eles encontram o corpo de João Batista e chamaram o Samu, mas quando a equipe entrou na cela, a vítima já estava morta.

Daniel Ferreira também afirmou que no dia do crime, que ocorreu na cidade de Sumé, ele procurou pelo enteado, que havia desaparecido. Uma senhora teria dito que o menino estava na companhia de Batista. Segundo o depoimento, Daniel foi até a casa de Batista, que não estava lá. No caminho, ele encontrou o suspeito que negou ter visto Everton. Daniel resolveu assassinar João Batista na noite de ontem e, segundo ele, o outro suspeito de envolvimento no assassinato de Everton, Denilvado dos Santos Silva, não participou da ação, que aconteceu por volta das 22h. Os três homens chegaram às duas da manhã de ontem no PB1, após serem transferidos da Cadeia Pública de Monteiro. Justamente por medida de segurança, eles foram instalados na mesma cela, mas em um pavilhão isolado dos outros presos da unidade.

Local onde o corpo do garoto foi encontrado no último dia 13 de outubro. (Foto: Leonardo Silva)

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Jornal da Paraíba

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