VIDA URBANA
Microcefalia não tem relação com vacina de rubéola, esclarece Ministério da Saúde
Informações que vêm circulando nas redes sociais foram desmentidas pelo órgão em nota, entenda os boatos.
Publicado em 16/12/2015 às 15:15
Há alguns dias se propaga nas redes sociais e conversas de aplicativos a informação de que o surto de microcefalia registrado na região Nordeste estaria relacionado à vacinação contra a rubéola e não ao contágio pelo zika vírus. Em sua página social, o Ministério da Saúde se prontificou a desmistificar a informação.
De acordo com o órgão, todas as vacinas ofertadas pelo Programa Nacional de Imunização (PNI) são seguras e não há nenhuma evidência de que possam causar microcefalia. Ainda segundo o Ministério, as vacinas são fundamentais para proteger o bebê contra doenças graves e nenhuma das vacinas administradas durante a gestação contém vírus ou outros agentes vivos.
No último dia 1º, o Brasil recebeu o certificado de eliminação da rubéola, depois de cinco anos sem registros de casos de transmissão da doença. O reconhecimento foi entregue pela Organização Mundial da Saúde (OMS), ao ministro da Saúde, Marcelo Castro.
Para receber o título, o Brasil teve que comprovar à OMS que desde 2008 não registra casos de rubéola e desde 2009 não registra casos de síndrome da rubéola congênita. Em abril a OMS reconheceu toda a América como a primeira região do mundo a alcançar a eliminação da rubéola e da síndrome.
Na época, Marcelo Castro ressaltou que o título foi recebido por causa de um esforço de vacinação em massa de mulheres entre 20 e 39 anos, que começou no início da década passada. “Nada é mais efetivo para a saúde publica do que as vacinas, e foi esse trabalho intenso da vacina em massa contra a rubéola que nos levou a esse certificado.” Segundo o ministro, apesar dos recentes casos de sarampo no nordeste do Brasil, a OMS está analisando se o país também pode ser considerado livre dessa doença.
Vacinação
O calendário nacional de vacinação prevê que a vacina da rubéola deve ser aplicada aos 12 e 15 meses, (dentro da tríplice viral – sarampo, caxumba e rubéola). Ela é uma vacina produzida com vírus vivos e atenuados, que não são capazes de provocar as três doenças. É possível tomar essa vacina em outros momentos da vida, mas nunca durante a gestação.
A vacina contra a rubéola é especialmente indicada para mulheres em idade fértil – entre 15 e 29 anos – para evitar pegar a doença durante a gravidez. As mulheres grávidas que não foram vacinadas antes da gestação devem receber a vacina somente após o parto."
Comentários