Ministério da Saúde reforça estoque de testes de malária na PB depois de casos no Conde

O Ministério da Saúde confirmou, nesta terça-feira (9), que autorizou o envio de um estoque extra de testes rápidos de malária para a Paraíba. De acordo com o órgão, foi liberado o envio de mais 125 testes por conta dos dois casos registrados na semana passada, na cidade do Conde, Região Metropolitana de João Pessoa.

A pasta federal disse que acompanha a Paraíba para o apoio necessário e orientou que o estado faça uma busca ativa de novos casos suspeitos e realize atividades de bloqueio de transmissão. O Ministério da Saúde ressaltou que o estado também está abastecido com medicamentos para tratamento da malária.

Segundo o órgão, 99% dos casos de malária do Brasil estão na região Amazônica, mas os demais estados, como a Paraíba, possuem áreas com a presença do vetor, onde pode ocorrer a reintrodução da malária a partir de um caso importado. Por isso, a vigilância da malária deve ser mantida em todas as unidades da federação.

Intensificação das ações de combate

Nesta segunda-feira (8), a Secretaria de Saúde do estado divulgou um calendário de intensificação das ações de combate à malária. O órgão disse que vem disponibilizando técnicos qualificados para a ação de busca ativa de novos casos, realizando capacitação dos profissionais do Conde para técnica do teste rápido e coleta de lâminas. Até o momento, os resultados têm sido negativos.

A Secretaria de Saúde, entre outras medidas, orientou que os moradores do Conde evitem fazer doação de sangue por um período de um mês, como forma de prevenção à transmissão da doença. As pessoas que contraíram a doença devem esticar essa medida de segurança por um ano.

O primeiro caso registrado foi de uma mulher de 35 anos moradora do Conde. O segundo paciente foi um homem de 53 anos, que mora na cidade de Tavares, mas trabalha no município da Região Metropolitana de João Pessoa. Os dois passam por tratamento no Hospital Universitário Lauro Wanderley, na capital.

A Secretaria de Saúde do Conde acredita que pode ter sido no período do carnaval que alguém tenham chegada com a doença na cidade, foi picado por um mosquito e o inseto acabou transmitindo a malária no município.