Missa em memória de Bruno é celebrada

Ontem, sete dias após a morte de Bruno Ernesto Rêgo Morais, 31 anos, familiares e amigos se reuniram em duas missas realizadas em memória do funcionário público. A primeira aconteceu na Igreja Santa Júlia, na Torre, às 17h, e a outra na Igreja Mãe dos Homens, no Tambiá, às 19h, em João Pessoa.

Muito abalados, os familiares preferiram não falar sobre Bruno. Mas as camisas que alguns deles vestiam, com a foto do funcionário público e a frase 'eternas saudades', traduziam qual era o sentimento presente. Durante toda a missa celebrada na Igreja Santa Júlia, os familiares de Bruno acalentavam um ao outro - o pai e o irmão dele passaram toda a celebração de mãos dadas.

A esposa de Bruno, a jornalista Carol Queiroz, aproveitou o tempo cedido no final da missa para prestar mais homenagens ao marido e relembrar valores. “Em tempos de violência, é hora das pessoas se dedicarem mais à família, é tempo de amar. A violência levou o amor da minha vida, mas não levou minha fé”, disse ela, ao lembrar do sofrimento da virgem Maria, que teve em seus braços o filho, Jesus Cristo, morto.

“Jesus não disse que o caminho seria fácil e é por isso que eu me apego nesse momento à virgem Maria”, comentou Carol.

Para os amigos de Bruno Ernesto, o melhor adjetivo para descrevê-lo é 'alegria'. “A gargalhada dele era demais. Ele não ria, ele se abria. Era muito contagiante”, comentou Felipe Marrocos. “Uma pessoa muito alegre e inteligente”, completou Rafael Marrocos, amigo de Bruno desde a infância.

CRIME
Bruno foi sequestrado e morto na última terça-feira. Ele, que trabalhava na Prefeitura de João Pessoa, foi rendido por assaltantes quando chegava em casa, nos Bancários. Após ser colocado dentro da mala do próprio carro e ter todos os pertences roubados, Bruno foi assassinado.