VIDA URBANA
Mobilização feminina em Esperança
Marcha pela vida, é organizada pelo Polo Sindical da Borborema, e já está em sua 3ª edição.
Publicado em 09/03/2012 às 6:30
Eram mais de duas mil mulheres com bandeiras brancas, cartazes e faixas nas mãos que unidas percorreram as ruas da cidade de Esperança, Brejo paraibano, promovendo a 3ª Marcha pela Vida das Mulheres e pela Agroecologia em celebração ao Dia Internacional da Mulher. Organizada pelo Polo Sindical da Borborema, caravanas de 15 municípios atendidos, Solânea, Remígio, Montadas, Queimadas, Massaranduba, Lagoa Seca, Alagoa Nova, Areial, Casserengue, Lagoa de Roça, Matinhas, Arara, Esperança, Serra Redonda e Algodão de Jandaíra, engrossaram o coro da valorização das mulheres.
Exemplos como o de Iara Lopes, agroagricultora aposentada, são muitos. Em busca de qualidade de vida, Iara contou que durante toda sua vida viveu uma realidade que ainda hoje está presente dentro das famílias: a opressão. Muitas vezes sem poder de voz dentro de casa, a aposentada fez um apelo a suas colegas e reafirmou que apesar da idade ainda buscará melhorar a sua vida e a de quem é responsável. “Nós buscamos dar sustentação a nossa família e é isso o que quero. Já passei por muitas coisas dentro de casa, fiquei calada muitas vezes, mas quando lutei, eu venci. É isso que eu digo a todas as mulheres aqui presentes: continuem sendo lutadoras”, apontou a agroagricultora.
Para fortalecer o trabalho e o papel da mulher na agricultura, Roselita Victor, coordenadora do Polo Sindical, explicou que o projeto agroecológico propõe construir uma soberania alimentar para as famílias, além de ampliar o conhecimento acerca da biodiversidade. Nós vivemos muitos desafios. "Alguns deles apontam o caminho da desvalorização da mulher e a violência que existe, principalmente no campo, onde há muitas vezes atitudes silenciosas por parte dessas vítimas”, explicou Roselita. (Givaldo Cavalcanti)
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