VIDA URBANA
Monitor aponta melhor situação da seca na Paraíba desde julho de 2014
Mais de 60% do estado não registra seca; foram registradas reduções no Cariri e em parte do Agreste.
Publicado em 21/07/2020 às 15:33
A última atualização do Monitor de Secas aponta que na Paraíba as áreas sem seca saltaram de 45,29% para 60,37% entre maio e junho, devido às chuvas do último mês, que variaram entre 10mm e 250mm no estado. A intensidade do fenômeno também diminuiu com o fim das áreas com seca moderada. Esta é a melhor situação da Paraíba desde o início do Monitor em julho de 2014. O estudo foi divulgado nesta terça-feira (21).
Considerando esta distribuição das chuvas, houve uma redução da intensidade da seca sobre parte do Agreste (de moderada para fraca), além de uma pequena diminuição da seca fraca na região do Cariri, onde o estado faz divisa com Pernambuco, bem como no Sertão, na divisa com o Rio Grande do Norte. Desta maneira, agora há presença somente de seca fraca no estado (no Agreste e em parte do setor leste do Sertão), com impactos de longo prazo.
Com as chuvas de junho, o Monitor de Secas registrou uma redução das áreas com o fenômeno em outros seis estados: Alagoas, Bahia, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe. Por outro lado, houve o aumento das áreas com o fenômeno em cinco estados: Ceará, Espírito Santo, Maranhão, Minas Gerais e Rio de Janeiro.
Em cinco estados houve a redução da gravidade das secas: Bahia, Minas Gerais, Paraíba, Pernambuco e Sergipe. Em Alagoas, Ceará, Espírito Santo, Maranhão e Rio Grande do Norte continuam existindo somente áreas com seca fraca.
O mês de junho faz parte do período chuvoso no leste do Nordeste. Também integra o período seco em grande parte do centro-norte e oeste nordestino, assim como na região Centro-Oeste. De acordo com a climatologia do último mês, os maiores volumes de precipitação, com valores acima de 150mm, ocorrem no noroeste do Maranhão e no litoral leste do Nordeste.
Quando analisados os últimos meses, há um predomínio de chuvas acima da média no Nordeste, o que vem contribuindo para uma contínua redução da severidade e das áreas de seca na maior parte desta região, onde agora predominam condições que variam desde sem seca relativa até seca fraca. Porém, devido à grande variabilidade das chuvas, ainda há pequenas áreas de seca com intensidade variando de moderada a grave. Toda a seca na região possui impactos somente de longo prazo.
O Monitor de Secas tem uma presença cada vez mais nacional, abrangendo quatro das cinco regiões do Brasil, o que inclui os nove estados do Nordeste mais Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Tocantins, Goiás e Distrito Federal – estes dois incluídos neste mês no Mapa do Monitor. Tanto Mato Grosso do Sul quanto os três estados da região Sul (Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina) já receberam treinamento e iniciaram a etapa de testes para entrar no Monitor, o que já pode acontecer nos próximos meses.
O Monitor realiza o acompanhamento contínuo do grau de severidade das secas no Brasil com base em indicadores de seca e nos impactos causados pelo fenômeno em curto e/ou longo prazo. Os impactos de curto prazo são para déficits de precipitações recentes até seis meses. Acima desse período, os impactos são de longo prazo.
Comentários