VIDA URBANA
Moradores denunciam rachaduras nas casas em Bayeux
Situação de várias residências é crítica na comunidade Jardim São Lourenço. Rsidências estão correndo risco de desabar.
Publicado em 21/12/2011 às 8:00
Famílias que moram na comunidade Jardim São Lourenço, em Bayeux, estão morando em casas rachadas e ameaçadas de cair a qualquer momento. As estruturas ficaram comprometidas após as chuvas ocorridas em junho deste ano, que provocaram alagamentos no local. Moradores também afirmam que estão passando fome e não recebem nenhuma assistência da prefeitura da cidade. No entanto, o governo municipal rebate as informações.
Segundo os moradores, cerca de 200 famílias vivem na comunidade. Destas, pelo menos, 50 ficaram desabrigadas com as chuvas no meio do ano. Na casa do cabeleireiro Jobson Bezerra Mendes, 46 anos, a marca na parede mostra a intensidade do estrago. “A água subiu mais de um metro”, conta ele. “Perdi quase tudo e fiquei desesperado. O tempo passou, mas as equipes da prefeitura nunca vieram aqui. Tive que fazer os reparos nas paredes, tapar as rachaduras e voltei para cá, porque não tenho onde morar”, completou.
Situação idêntica ocorreu com a dona de casa Elizabete Ferreira Costa. Mãe de seis filhos, ela conta que está com a casa cheia de rachaduras. “Aqui em casa ninguém trabalha. A gente vive da pesca de caranguejo, que é tirado do mangue. Mas, nem sempre a maré 'tá' boa. Passamos por necessidades”, lamenta.
As chuvas provocaram alagamentos até nas áreas mais altas da comunidade. A cozinha da casa da aposentada Maria do Socorro Ferreira de Oliveira, 60 anos, por exemplo, está com as paredes rachadas. O chão também possui fissuras. “As paredes estão tortas. Tenho medo que elas caiam. Não tenho condições de sair daqui. Sou doente e o que ganho gasto com medicamentos. A prefeitura nunca veio aqui. Nem para ver se a gente ainda está vivo”, desabafa.
Já a secretária de Administração da prefeitura de Bayeux, Elizabeth Andrade, garante que a comunidade está sendo assistida pelo município. Ela explica que os moradores foram cadastrados em programas habitacionais e deverão ser contemplados com casas populares dentro do Programa 'Minha Casa, Minha Vida.'
Elizabeth ainda acrescentou que as famílias mais carentes recebem cestas básicas e ressaltou que as casas não foram reformadas porque estão situadas em áreas de risco. “Nossa intenção é retirar as famílias dali. A gente já explicou aos moradores que aquela área é de extremo risco, porque fica do lado de uma maré que alaga em época de chuva. Iremos construir casas em locais seguros e dignos”, ressaltou.
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