VIDA URBANA
Moradores reclamam da mobilidade em Mangabeira
Em Mangabeira, trânsito e obstáculos na calçadas são problema para os pedestres.
Publicado em 24/12/2014 às 6:00 | Atualizado em 14/03/2024 às 13:26
O bairro mais populoso de João Pessoa não tem a mobilidade aprovada por parte de muitos moradores e comerciantes, seja em relação ao trânsito ou ao passeio de pedestres. A Avenida Josefa Taveira, em Mangabeira, é conhecida pelo comércio, o que acaba contribuindo para uma mobilidade insatisfatória de transeuntes pelas calçadas.
Nas vias de rolagem de veículos, sinalização horizontal apagada é algo de reclamação de pedestres e motoristas.
É comum observar carregadores com mercadorias na cabeça, se arriscando entre os carros de um lado a outro da avenida.
Quase que na totalidade da Avenida Josefa Taveira, as calçadas servem de estacionamento e expositores de mercadoria. Uma venda de frutas e verduras, por exemplo, ocupa a calçada e parte da rua, onde os veículos chegam a fazer um pequeno desvio para não bater nos caixotes de verdura. Os carrinhos de CD e DVD também ficam parados em cima da faixa de pedestres.
Segundo o proprietário do carrinho, Antônio Firmino, 40 anos, ele parou em cima da faixa por acaso, porque um cliente o abordou, mas que não costuma ficar parado no local e que o seu trabalho não atrapalha a mobilidade de pedestres e motoristas.
Para a dona de casa Lívia Lima, 20 anos, que mora em Mangabeira e frequenta o comércio do bairro, não só o vendedor Antônio, os proprietários das diversas lojas, além dos ambulantes que dependem do comércio informal para garantir o sustento da família usam a calçada. “Infelizmente, eu já me acostumei com isso. Em Mangabeira não tem calçada para pedestres. E quando estou com meu filho, a situação é ainda mais complicada, pois temos que desviar dos obstáculos, passando pelo meio da rua e tenho medo que ele solte minha mão, não sei. É tenso pra mim. Só venho com ele para cá quando realmente é necessário”, disse.
Em relação ao tráfego de veículo, a Josefa Taveira registra um grande fluxo, principalmente, nos horários de pico, como início da manhã, período do almoço e final de tarde. Mas, por conta da sinalização vertical e horizontal, o caos não consegue se instalar, gerando apenas pequenos congestionamentos.
Diferentemente do que é visto na rua Comerciante Alfredo Ferreira Rocha, paralela com a Josefa Taveira e onde está localizada a Praça do Coqueiral. Nessa rua, quem precisa atravessar na faixa de pedestre teme não ter o direito respeitado, pois a sinalização está apagada devido à falta de manutenção. Até para os motoristas a sinalização apagada é prejudicial, como contou o aposentado Heleno da Costa, 61 anos.
“As coisas precisam ser certinhas para ficar bom para todos.
Essa sinalização precisa ser revitalizada, pois com o fluxo de pedestres e veículos ela apaga mesmo. Para nós, motoristas, é ruim para fazer ultrapassagens, por exemplo, já que não vemos direito em qual trecho a manobra é permitida, e para dar a vez ao pedestre que está na faixa para atravessar a rua”, declarou.
SEDURB
Sobre os bloqueios das calçadas, a Secretaria de Desenvolvimento Urbano (Sedurb), por meio da assessoria de comunicação, informou que realiza constantes ações de conscientização e orientação, aos comerciantes informais por meio das fiscalizações, durante todo o ano e que diariamente mobiliza cerca de 60 agentes para monitorar o comércio ambulante em toda cidade.
De acordo com a Sedurb, o objetivo dessas ações é evitar que carrinhos e bancas sejam instalados em calçadas e atrapalhem a locomoção de pedestres, de modo que os vendedores que ocupam áreas proibidas ferem legislações vigentes e estão sujeitos a ter os produtos apreendidos.
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