VIDA URBANA
Moradores sofrem com alagamentos em CG
Cerca de 40 famílias que moram na travessa Joaquim Medeiros enfrentam problemas com a água que invadiu as residências.
Publicado em 18/07/2014 às 6:00 | Atualizado em 06/02/2024 às 17:02
As chuvas registradas em Campina Grande no último fim de semana continuam causando transtornos para os moradores de áreas de risco do município. Cerca de 40 famílias que moram na travessa Joaquim Medeiros, conhecida como Grotão do Catolé, localizada às margens da BR-230, próxima ao trecho da rodovia que está em obras de duplicação, enfrentam problemas com a água que invadiu as residências e aumentou os buracos da via que não é calçada, dificultando assim a mobilidade dos moradores do local.
Como a área é acidentada, esse problema torna-se comum em períodos chuvosos, segundo os moradores. Foi o que confirmou Fabiana Paula, que mora na área há mais de dez anos, e que em todo inverno tem que torcer para que o escoamento da água não seja tão forte e que pelo menos não cause algum acidente.
“Quando chove, a água desce com muita força, por isso ela invade todas as casas. Na chuva de sábado passado, a nossa esperança era que as casas ficassem de pé, porque a correnteza era muito forte”, disse a moradora.
Como a área também não possui equipamentos de drenagem para o escoamento, a dona de casa afirmou que, além da invasão da água, vários locais ficam alagados, aumentando os prejuízos de quem mora no espaço. “Essa área já foi uma das indicadas como áreas de risco. Nós já buscamos na prefeitura nosso direito de sermos beneficiados com a aquisição das moradias populares, mas até agora ninguém foi contemplado.
Por isso continuamos passando por essa situação”, acrescentou Fabiana.
Procurado pela reportagem do JORNAL DA PARAÍBA, o secretário de Serviços Urbanos de Campina Grande, Geraldo Nobre, disse que até o momento não tinha conhecimento da existência dessa área, mas que iria se dirigir ao local para saber como está a situação dessas famílias, já que, segundo o secretário, elas devem estar instaladas em uma área inapropriada para a construção de residências. Geraldo Nobre ainda apontou que a inexistência de pavimentação no local potencializa esses problemas, mas que primeiro irá buscar conhecer o espaço para depois tomar as providências.
“Pelas características, eu acredito que essa área possa ser uma invasão. Eu ainda não tenho conhecimento desse local, mas quando nós fizermos uma avaliação, poderemos providenciar as melhorias da infraestrutura da área. Agora, uma vez que a via não seja pavimentada, isso implica em um serviço maior, que demanda mais tempo, um projeto para podermos viabilizar o serviço”, explicou Geraldo Nobre, afirmando que prefeitura buscará solucionar os problemas na área do Grotão, assim como fez no Distrito dos Mecânicos no início desta semana.
DESALOJADOS AGUARDAM CASAS
Desalojadas por consequência das chuvas do fim de semana passado, as 14 famílias que moravam no Distrito Industrial e tiveram suas residências invadidas pela água ainda continuam alojadas no prédio onde funcionava o Restaurante Popular do bairro. Segundo o secretário de Assistência Social de Campina Grande, João Dantas, foram oferecidos a todas as famílias apartamentos populares para que elas se reorganizassem, mas nenhuma delas aceitou a oferta, e ainda esperam pela construção de casas populares por parte da prefeitura.
O secretário ainda disse que também foi colocado à disposição o albergue municipal para os desabrigados, mas que essa alternativa também foi rejeitada. “Apesar da boa condição do albergue, nenhuma dessas famílias aceitou ser transferida para lá. Estamos fazendo o que podemos, mas existe uma dificuldade muito grande em conseguir casas para oferecer o aluguel social. Até agora estão em análise apenas dois imóveis”, explicou João Dantas.
Comentários