VIDA URBANA
Morre o terceiro peixe-boi em Mamanguape
De acordo com a direção da Área de Preservação Ambiental de Mamanguape, somente exames detalhados poderão explicar mortes.
Publicado em 21/07/2012 às 6:00
A causa da morte dos dois peixes-bois que viviam na área de preservação ambiental da Barra de Mamanguape, na cidade de Rio Tinto, Litoral Norte de João Pessoa, ainda não foi esclarecida. No último sábado mais um animal da espécie morreu e a última espécie da reserva, um peixe-boi fêmea, já apresenta os mesmos sintomas.
De acordo com a direção da Área de Preservação Ambiental de Mamanguape (APA-Mamanguape), somente exames detalhados de sedimentos dos rios que correm pela reserva e o resultado da análise das vísceras dos animais poderá explicar a morte dos peixes-bois. Na última terça-feira, a Superintendência de Administração do Meio Ambiente (Sudema) informou que a análise das amostras de água, coletada em seis pontos diferentes da reserva dos animais, apontou que não há indício de contaminação que justifique a morte dos dois peixes.
O chefe da Sandro Roberto da APA-Mamanguape, Sandro Roberto da Silva Pereira, não descartou por completo o resultado da análise apresentado pela Sudema. Segundo ele, a partir do resultado dos exames nas vísceras dos animais mortos e da análise de amostras dos sedimentos presentes no fundo dos rios que compõem a reserva, será possível identificar a causa da morte dos mamíferos. Ainda de acordo com Sandro Roberto, as necropsias realizadas nos dois peixes-bois mortos no dia 7, indicam uma infecção generalizada.
Ainda sobre o resultado da análise apresentado pela Sudema, Sandro Roberto explica que os exames não atestaram contaminação na água da reserva após a morte dos animais, mas o teste será refeito com amostras do sedimento dos rios que passam pela reserva. “Essa análise mais detalhada ajudará a identificar a causa, porque nos sedimentos podem ser encontradas substâncias que estariam na água no período anterior à morte dos animais”, explica.
Ainda de acordo com o chefe da APA-Mamanguape, a fêmea, chamada 'Tita' recebeu tratamento médico e foi retirada da reserva por medida preventiva. “Ela está em ambiente aberto e sendo monitorada por nossa equipe”, completa.
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