VIDA URBANA
Mortalidade infantil na Paraíba é a 4ª maior do País, segundo IBGE
Dados de 2008 mostram que, de cada mil nascidos vivos, 36,50 morreram antes de completar um ano. Já a expectativa de vida dos paraibanos é de 69,39 anos.
Publicado em 02/12/2009 às 8:37
Natália Xavier
Do Jornal da Paraíba
A Tábua Completa de Mortalidade da População do Brasil, divulgada na terça-feira (1º) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revelou que a Paraíba é o quarto Estado do país com o maior índice de mortalidade infantil.
De acordo com o levantamento, em 2008, de cada mil nascidos vivos, 36,50 morreram antes de completar um ano. O índice ficou bem acima da média nacional, que foi de 23,30 óbitos para cada mil nascidos vivos. Entre as causas relacionadas à mortalidade infantil, estão a desnutrição, falta de saneamento básico e a dificuldade de acesso ao serviço de saúde.
Em 2008, foram registradas 849 mortes de crianças menores de um ano na Paraíba, mas o IBGE acredita que este número pode ser bem maior, pois ainda existe o problema de casos que não são notificados. Das mortes de crianças com até um ano, 51,2% foram de bebês que morreram até o sexto dia após o nascimento, 15,4% morreram entre o 7º e o 27º dia e 33,3% morreram entre o 28º dia e o 1º ano.
Seguindo uma tendência nacional, a mortalidade é maior entre bebês do sexo masculino. De cada mil meninos nascidos, 43 morreram antes de completar um ano. Entre as meninas, a taxa cai para 29,70 óbitos para cada mil nascimentos. Segundo o IBGE, em dez anos, a taxa de mortalidade da Paraíba caiu de 54,50 para 36,50. Em 1998 o Estado ocupava o terceiro lugar no ranking de mortalidade infantil e em 2008 passou a ser o quarto Estado.
Em 2008, os sete Estados que registraram os maiores índices de mortalidade infantil estão no Nordeste. O maior índice foi registrado em Alagoas com 48,20 óbitos para cada mil nascidos vivos, seguido do Maranhão (com 37,90 mortes para cada mil nascimentos), Pernambuco (37,10), Paraíba (36,50), Rio Grande do Norte (33,50), Sergipe (32,60) e Bahia (32,40).
Os menores índices foram registrados no Rio Grande do Sul (13,10 mortes para cada mil nascidos) e em São Paulo (15 mortes para cada mil nascidos).
A secretária de Estado de Desenvolvimento Humano, Giucélia Figueiredo, informou que atualmente estão sendo desenvolvidos vários programas de combate e controle à mortalidade infantil e que estes programas são comandados pela Secretaria de Estado de Saúde.
Expectativa de vida dos paraibanos é baixa
A Tábua Completa de Mortalidade da população do Brasil, divulgada pelo IBGE, revelou ainda que a expectativa de vida dos paraibanos é de 69,39 anos, a quinta menor do país. A esperança de vida ao nascer, é maior para as mulheres, 72,97 anos. Enquanto que para os homens a esperança de vida é de 65,97 anos.
Segundo o IBGE, entre 1998 e 2008, a expectativa de vida dos paraibanos cresceu mais de quatro anos. Em 1998, a esperança de vida do paraibano ao nascer era de 65,30 anos. A média da esperança de vida do brasileiro é de 72,86 anos.
Em dez anos, a expectativa de vida do brasileiro passou de 69,66 anos para 72,86, um aumento de pouco mais de três anos. A maior expectativa de vida do país foi resgistrada no Distrito Federal, onde a esperança de vida ao nascer é de 75,57 anos.
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