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VIDA URBANA

Morte intrauterina preocupa gestantes

Paraíba não teve grandes avanços na assistência pré-natal e o número de mortes intrauterinas é expressivo.

Publicado em 07/10/2012 às 8:00

Receber uma notícia de morte, quando se espera a vida, é difícil e angustiante para qualquer mulher. No entanto, a Paraíba não teve grandes avanços na assistência pré-natal e o número de mortes intrauterinas é expressivo. Em 2011, conforme os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, foi registrada a ocorrência de 71 mil natimortos (1,76% do total de nascidos) no Estado, 15 mil a mais do que em 2001, quando foram contabilizadas 56 mil (1,56%).

“O número permanece praticamente estável e isso aponta que, de alguma forma, há falhas na assistência pré-natal, que é fundamental para diminuir os óbitos fetais. Tirando as más formações (que na maioria das vezes não se tem como agir intrauterinamente), as outras causas de morte intraútero podem ser diagnosticadas e tratadas de forma precoce”, afirmou o ginecologista obstetra Eduardo da Fonseca.

Segundo o especialista, que também é presidente da Comissão de Medicina Fetal da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), o número de natimortos está elevado e o problema não é uma realidade apenas na Paraíba. Em todo o país, a incidência de morte fetal, em números percentuais, chegou a 2,09% em 2011.

“Nos países mais desenvolvidos esse número varia entre 0,2% e 1,2%”, disse Eduardo, ao frisar que a Organização Mundial de Saúde define como óbito fetal toda morte fetal antes da concepção – independente da idade gestacional. Já no Brasil, a Febrasgo define como natimorto aquele feto que vai a óbito a partir da vigésima semana de gestação ou quando tem peso superior a 500 gramas (antes disso, o óbito é considerado aborto).

Ainda conforme o ginecologista, as mortes intrauterinas têm principalmente três causas: má formação fetal, decorrente de alteração genética (Mielomeningoceli, Síndrome de Edwards) ou de interferência externa durante a gravidez; restrição de crescimento fetal (quando o peso do bebê é inferior ao limite mínimo da 'normalidade') e eventos agudos da mãe (descolamento prematuro de placenta e placenta prévia) – ambos ocasionados por hipertensão arterial, entre outros fatores.

“Gestação prolongada, anemia, diabetes, infecções, todos são fatores de risco que podem ser preditos, acompanhados e controlados durante o pré-natal”, disse Eduardo da Fonseca, ao exemplificar que as infecções (como a sífilis congênita) têm aumentado no país. “Uma das razões é o não cumprimento do tratamento adequado por parte dos pacientes, sendo necessária uma campanha de conscientização”, completou.

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Jornal da Paraíba

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